Uma comitiva de diplomatas brasileiros, liderada pelo secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Palácio do Itamaraty, Maurício Carvalho Lyrio, desembarcou na última semana nos Estados Unidos com um objetivo claro: recriar cotas comerciais para importação de aço e alumínio e evitar a aplicação de sobretaxas. Este movimento é crucial para garantir o acesso ao mercado norte-americano, que é vital para a indústria brasileira.
As negociações em curso visam restabelecer um modelo de cotas de importação anteriormente implementado durante o governo de Donald Trump. Esse sistema permitia que o Brasil exportasse aço e alumínio aos EUA sem custos adicionais, contanto que respeitasse os limites estabelecidos. No entanto, a recente decisão americana de aplicar uma tarifa de 25% sobre o aço, independentemente da procedência, trouxe novos desafios para as exportações brasileiras.
A indústria brasileira de aço, que supriu 60,7% da demanda americana de placas de aço em 2024, agora se vê em uma situação delicada. A tarifa imposta não apenas afeta os produtores brasileiros, mas também a economia dos EUA, que depende de importações brasileiras para atender sua própria demanda interna. Assim, a pressão está aumentada sobre as siderúrgicas brasileiras para encontrar soluções viáveis.
As expectativas são de que as recentes discussões possam reverter a decisão americana de aplicar a tarifação sobre o aço, buscando restaurar o fluxo comercial sob os termos do acordo de 2018. A indústria acredita que o diálogo entre Brasil e EUA é essencial para a preservação do comércio bilateral e para que sejam encontradas soluções que beneficiem ambos os lados.