Nos últimos dias, uma nova tendência nas redes sociais tem atraído a atenção do público: políticos brasileiros, como Tarcísio de Freitas e Romeu Zema, foram retratados em ilustrações geradas por inteligência artificial que imitam o icônico estilo do Studio Ghibli. Essa onda não apenas diverte, mas também levanta questões importantes sobre direitos autorais e a ética no uso da IA.
Recentemente, a OpenAI, responsável pelo popular ChatGPT, fez uma atualização em seu modelo de geração de imagens. Essa inovação possibilitou a recriação de retratos em um estilo que lembra animações renomadas, como "A Viagem de Chihiro" e "Meu Amigo Totoro". O sucesso da iniciativa foi tamanha que a plataforma adotou restrições para evitar uma sobrecarga em seus servidores e lidar com questões relacionadas à propriedade intelectual.
A tendência, que remete ao universo estético do Studio Ghibli, é marcada por linhas finas, cores suaves e uma paleta de tons pastéis, características que encantam fãs de todas as idades. A abordagem visual proporcionada pela IA ganhou popularidade entre internautas e figuras públicas, refletindo a busca por uma conexão mais amena e simpática com seus eleitores.
Governadores e prefeitos, como o carioca Eduardo Paes e o recifense João Campos, estão se engajando nessa moda. Ao compartilhar suas representações em estilo Ghibli, estes políticos exploram as redes sociais como uma plataforma para se conectar com a população, utilizando humor e elementos da cultura pop para promover simpatia e maior engajamento de seus seguidores.
No entanto, o fenômeno gerou intensos debates sobre a ética do uso da inteligência artificial na criação artística. A OpenAI estabeleceu medidas para prevenir a replicação direta de estilos de artistas que estão vivos, como Hayao Miyazaki, cofundador do Studio Ghibli, que já manifestou publicamente suas preocupações. Miyazaki descreveu a arte gerada por IA como um "insulto à vida", destacando a importância da criatividade humana na produção artística.
O impacto dessa nova trend não se limita ao Brasil. A influência do estilo Ghibli se espalhou globalmente, alcançando países como o México, onde clubes de futebol da Liga MX têm compartilhado imagens nesse estilo. Atletas, como o piloto Checo Pérez da Fórmula 1, também fizeram uso dessa estética em suas redes sociais.
Assim, essa onda de criatividade gerada por IA demonstra a capacidade de conectar pessoas através de uma estética nostálgica e coletiva, ao mesmo tempo em que instiga diálogos sobre a autenticidade e a propriedade no mundo da arte.