A Organização Mundial da Saúde (OMS) está prestes a enfrentar um desafio sem precedentes em sua história, após o anúncio da retirada dos Estados Unidos, seu maior financiador. Para 2025, a OMS está se preparando para implementar um corte de 20% em seu orçamento, o que implicará em uma reestruturação significativa de suas operações.
Segundo o diretor-geral Tedros Adhanom Ghebreyesus, essa decisão foi motivada pela perda de aproximadamente US$ 600 milhões em receitas, o que caracteriza uma crise financeira crítica para a organização. Já em fevereiro, a OMS havia reduzido seu orçamento proposto para 2026-2027 de US$ 5,3 bilhões para US$ 4,9 bilhões, e agora prevê uma nova diminuição para US$ 4,2 bilhões, representando um corte de 21% em relação ao documento original.
Em resposta a essa crise, a OMS está considerando várias medidas de ajuste, que abrangem desde a redução de cargos sêniores na sede em Genebra até cortes de pessoal em diversas regiões. Essa reestruturação não afetará apenas a cúpula da organização, mas todos os níveis de operação. Além disso, a OMS irá revisar suas prioridades e buscar maneiras de otimizar recursos antes do final de abril, com propostas que incluem:
A drástica diminuição do orçamento pode ter repercussões sérias para a saúde global, impactando programas essenciais voltados para o combate a doenças e emergências sanitárias em diversas nações. Esses desafios se somam à crise enfrentada por outras agências das Nações Unidas, como a Organização Internacional para as Migrações (OIM), que também está ajustando seu orçamento e equipe frente à diminuição de financiamento internacional.
Com a saída dos EUA, a OMS precisa urgentemente encontrar novos modelos de financiamento para continuar desempenhando seu papel fundamental na promoção da saúde global, especialmente em um momento em que o mundo ainda se recupera dos efeitos da pandemia da COVID-19.