A China apresentou uma tecnologia inovadora que pode revolucionar operações subaquáticas ao oferecer um dispositivo capaz de cortar cabos submarinos. Desenvolvido pelo China Ship Scientific Research Center e pelo State Key Laboratory of Deep-Sea Manned Vehicles, o equipamento foi revelado em março de 2025 e possui capacidade de operação em profundidades que atingem até 4.000 metros.
Embora o governo chinês tenha inicialmente caracterizado essa invenção como uma ferramenta voltada ao resgate de vítimas de naufrágios e atividades de mineração marítima, especialistas têm expressado preocupações sobre o uso potencial deste dispositivo em conflitos geopolíticos. A capacidade de cortar cabos que sustentam a estrutura da comunicação global pode desestabilizar sistemas financeiros, governamentais e de defesa de nações adversárias.
O surgimento desta tecnologia vem à tona em um período de tensão crescente entre a China e países ocidentais, notadamente os Estados Unidos, da Europa e aliados no Pacífico. A vulnerabilidade dos cabos submarinos já vinha sendo analisada com cautela. Recentemente, potências como os EUA, Reino Unido e Japão tomaram medidas para proteger suas infraestruturas submarinas contra potenciais sabotagens que possam prejudicar sua segurança nacional.
A introdução do dispositivo de corte de cabos pela China acende um debate urgente sobre segurança cibernética e a proteção de infraestruturas críticas. Além disso, levantam-se questionamentos acerca da vigilância mais intensa em operações navais chinesas que possam ocorrer em águas internacionais ou em áreas com histórico de disputas territoriais.
A possibilidade de cortar cabos submarinos – que transportam 99% das informações da internet – é vista por muitos especialistas como uma ameaça em potencial durante hostilidades militares. Imagine um cenário em que, em meio a uma invasão, a China decidisse interromper a conectividade dos cabos submarinos ao redor de Taiwan. Tal ação poderia provocar caos ao desestabilizar a comunicação entre a ilha e seus aliados, como os EUA.
Compartilhando a inquietação, analistas enfatizam que o problema não é meramente a tecnologia em si, mas sim o contexto político que a cerca. Essa nova capacidade de interferência nas comunicações submarinas reafirma questões de segurança e potencial conflito na era digital, levando a um grande debate sobre a necessidade de proteger infraestruturas críticas no mar.