Na manhã de domingo, 23 de março, uma tragédia ocorreu em Itanhaém, litoral de São Paulo, onde a turista Thalita Danielle Hoshino, de 37 anos, foi morta após ser atropelada por uma charrete. O incidente, que divulgou a imprudência em eventos ilegais de corrida de charretes, levanta questões sérias sobre a segurança pública na região.
O acidente aconteceu nas proximidades da Avenida Santa Cruz, quando Thalita e sua amiga, Gabriela Neves, pedalavam na faixa de areia que contorna a divisa entre Itanhaém e Peruíbe. Elas foram surpreendidas por duas charretes que competiam lado a lado, acompanhadas por veículos em alta velocidade. Gabriela desviou com sucesso, mas Thalita, tentando evitar a colisão, acabou atingida por uma das charretes. Ela sofreu um traumatismo craniano grave e foi levada para a UTI, onde não resistiu aos ferimentos.
A Polícia Civil de Itanhaém iniciou a investigação do caso classificando-o como lesão corporal, mas o cenário mudou com a morte de Thalita, levando a reclassificação para homicídio doloso eventual. Testemunhas afirmam que a corrida entre as charretes era ilegal, o que lança um olhar crítico sobre a responsabilidade dos condutores e a necessidade de regulamentação.
Além disso, as prefeituras de Itanhaém e outras cidades do litoral paulista haviam anteriormente firmado um compromisso com o Ministério Público para impedir as corridas ilegais de charretes, mas a promessa não foi cumprida. Essa falha de fiscalização permite que eventos imprudentes e perigosos continuem a ameaçar a segurança de pedestres e ciclistas.
A morte de Thalita provocou uma onda de indignação e luto entre familiares e amigos, que exigem justiça e medidas concretas para erradicar as corridas de charretes de sua região. Gabriela, sua amiga que estava com ela no momento do acidente, ressaltou a importância da presença de fiscalização para evitar que tragédias semelhantes ocorram novamente no futuro. As comunidades locais clamam por mudanças reais, exigindo que as promessas feitas pelas autoridades sejam finalmente cumpridas.