Quatro astronautas, incluindo Suni Williams e Butch Wilmore, da NASA, e Nick Hague e Aleksandr Gorbunov, retornaram à Terra em 18 de março de 2025, após uma impressionante estadia de 286 dias na Estação Espacial Internacional (ISS). Originalmente planejada para uma semana, a missão se prolongou devido a problemas técnicos na cápsula Starliner da Boeing, evidenciando a complexidade das missões espaciais contemporâneas.
A tripulação voltou em uma cápsula Crew Dragon da SpaceX, realizando um pouso no Golfo do México, próximo a Tallahassee, na Flórida. A jornada foi marcada por uma reentrada atmosférica crítica, onde a cápsula alcançou velocidades superiores a 27 mil quilômetros por hora e enfrentou temperaturas externas que ultrapassaram 1.900 graus Celsius. Este processo, que exigiu precisão e controle técnicos, é um dos momentos mais culminantes e arriscados do retorno de qualquer missão espacial.
As mudanças que ocorrem nos corpos dos astronautas durante longas estadias no espaço são profundas. Eles relatam mudanças físicas significativas, como o alongamento do corpo, perda de massa muscular e densidade óssea, e o fenômeno conhecido como "rostos inchados", causado pela redistribuição de fluidos corporais. Essas transformações são bem documentadas e reconhecidas como normais em missões prolongadas, com a expectativa de reversão após o retorno à gravidade terrestre.
Após a chegada, os astronautas passarão por avaliações médicas no Johnson Space Center em Houston para monitorar sua saúde e recuperação. A NASA acompanha de perto os efeitos a longo prazo da exposição ao espaço, com o objetivo de aprimorar a saúde e o bem-estar dos astronautas em futuras missões. Isso representa um passo importante para garantir que os exploradores espaciais possam enfrentar os desafios de viagens prolongadas.
A missão não apenas reforçou os vínculos entre a NASA e a SpaceX, mas também destacou a resiliência e capacidade de adaptação dos astronautas a situações extraordinárias. Com Suni Williams agora totalizando 608 dias no espaço, ela detém o segundo maior tempo de permanência entre os astronautas americanos, enquanto Butch Wilmore acumula 464 dias em órbita. O legado desta missão continua a ser um marco na exploração espacial e na preparação para futuras expedições que levarão a humanidade ainda mais longe.