A deputada federal Carla Zambelli, do PL-SP, está prestes a enfrentar o Supremo Tribunal Federal (STF) devido ao porte ilegal de arma e constrangimento ilegal. O julgamento tem início marcado para 21 de março de 2025 e acontece em plenário virtual, em meio a um caso que atraiu a atenção do Brasil inteiro, especialmente pelo seu contexto político.
O episódio que originou as acusações ocorreu em outubro de 2022, na véspera do segundo turno das eleições presidenciais. Na ocasião, Zambelli perseguiu o jornalista Luan Araújo pelas ruas do bairro dos Jardins, em São Paulo, após uma discussão que se acirrou quando o jornalista expressou apoio ao então candidato Lula. Armada, a parlamentar foi atrás do jornalista, o que gerou uma série de repercussões na mídia e nas redes sociais.
Com a situação em questão, a Procuradoria-Geral da República (PGR) decidiu denunciar a parlamentar, apresentando acusações de porte ilegal de arma e constrangimento ilegal. O pedido inclui não apenas a revogação de seu porte de arma, mas também uma indenização de R$ 100 mil por danos morais. O julgamento no STF está previsto para ser concluído até 28 de março.
Os desdobramentos do caso são preocupantes para a deputada, que, se condenada, pode enfrentar penas de dois a quatro anos de prisão por porte ilegal de arma e até um ano por constrangimento ilegal. Apesar das acusações, a defesa de Zambelli sustenta que sua ação foi motivada por legítima defesa e que a utilização da arma foi justificada em uma situação de risco.
Além das implicações jurídicas, o julgamento também levanta questões políticas significativas, considerando o clima eleitoral acirrado que permeava o país na época. A proximidade das eleições de 2022 e a visibilidade do caso aumenta a tensão em torno do evento, que poderá influenciar a percepção pública sobre a atuação da deputada e sua imagem futura na política brasileira.
À medida que o julgamento se aproxima, a expectativa sobre o resultado e suas consequências para a carreira de Zambelli continua a crescer, representando não apenas uma batalha legal, mas também um teste para sua credibilidade como figura pública no cenário político atual.