A deputada federal Carla Zambelli, do PL-SP, enfrenta um julgamento que pode moldar seu futuro político. Em um caso que gerou ampla repercussão, o Supremo Tribunal Federal (STF) começou a analisar, em plenário virtual, as acusações contra a parlamentar por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal. O julgamento teve início em 21 de março de 2025 e deve ser encerrado até 28 de março.
O incidente central deste processo ocorreu às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais, em 29 de outubro de 2022. Durante uma discussão acalorada com um apoiador do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em São Paulo, Zambelli sacou uma arma de fogo e perseguiu o homem, apontando a arma em sua direção. Essa ação levou a Procuradoria-Geral da República (PGR) a denunciá-la, destacando o grave desvio de conduta.
A defesa da deputada argumenta que sua atitude, embora considerada excessiva, ocorreu em um momento de legítima defesa e, portanto, deveria isentá-la de responsabilidade criminal. O advogado Daniel Bialski, que representa Zambelli, visitou os gabinetes dos ministros do STF em busca de uma absolvição. Ele alega que a deputada se sentiu ameaçada e agiu por impulso.
As possíveis consequências para Zambelli são severas. Se condenada, a pena pode chegar a quatro anos de prisão por porte ilegal de arma e até um ano por constrangimento ilegal. Além disso, a deputada poderá enfrentar uma multa substancial e a perda do porte de arma. Por outro lado, se absolvida, o processo será arquivado sem punição, o que pode significar um respiro em sua carreira política conturbada.
Esse julgamento está cercado de expectativas, pois não apenas definirá o destino legal de Zambelli, mas também pode ter implicações abrangentes para sua imagem pública e os rumos de sua carreira no cenário político brasileiro. Enquanto a decisão final do STF se aproxima, a atenção se volta para o desfecho desse caso polêmico, que pode reverberar de forma significativa na política nacional.