A Coreia do Norte está dando um passo ousado na corrida cibernética ao lançar uma nova unidade de cibersegurança, a Research Center 227, que assumirá um papel central dentro da Reconnaissance General Bureau (RGB). O foco dessa nova equipe será em tecnologias de hacking avançadas e inteligência artificial, com o objetivo de desenvolver técnicas ofensivas que permitam explorar sistemas de segurança ocidentais e roubar ativos digitais.
Essa iniciativa é acreditada como uma resposta à crescente pressão sobre o regime, conhecido por suas operações cibernéticas agressivas. Os hackers norte-coreanos têm se destacado em ataques a exchanges de criptomoedas e grandes empresas, culminando em um dos maiores roubos de criptomoedas da história, estimado em cerca de US$ 1,5 bilhão. Com a nova unidade, a Coreia do Norte pretende reforçar suas capacidades em espionagem digital, utilizando ferramentas sofisticadas para burlar sistemas de segurança e obter vantagens financeiras.
Os hackers do regime têm adaptado modelos de inteligência artificial, como o ChatGPT e o Google Gemini, para enriquecer suas operações fraudulentas. Apesar das tentativas dessas empresas de restringir o acesso às suas tecnologias, os esforços continuam a ser implementados para automação de ataques de spear-phishing, criação de identidades falsas e aprimoramento da eficácia das campanhas cibernéticas. Essa capacidade de aprender com experiências passadas torna os ataques ainda mais desafiadores de prevenir.
A incorporação de inteligência artificial nas táticas de hacking da Coreia do Norte levanta alarmes em todo o mundo, configurando um desafio significativo para a segurança global. A automação e a personalização dos ataques não apenas ampliam a ameaça que os hackers representam, mas também podem comprometer a segurança de sistemas financeiros e de dados em diversas nações. Diante dessa nova realidade, a comunidade internacional se vê diante da urgente necessidade de monitorar e combater essas ameaças emergentes, que têm o potencial de afetar a privacidade e a segurança digital em escala global.