As tensões diplomáticas entre a Rússia e a Moldávia aumentaram significativamente após o bloqueio da embaixada russa em Chisinau, capital moldava, pela polícia local, em resposta a um alerta de bomba na última quarta-feira. Este incidente provocou uma onda de protestos da Rússia, que acusou as autoridades moldavas de violarem os protocolos diplomáticos estabelecidos.
O governo moldavo justificou a ação como uma medida de segurança antes de investigar a veracidade da ameaça. Contudo, a Rússia não hesitou em expressar sua indignação, considerando a medida como uma afronta ao acesso legítimo de seus diplomatas e suas famílias à embaixada. Através de um comunicado formal, Moscou exigiu que a Moldávia respeitasse os acordos internacionais de diplomacia.
Essa situação não ocorre em um vácuo. Desde a eleição de Maia Sandu, uma figura política fortemente proeuropeia em 2020, as relações entre os dois países têm se desgastado. Sandu é crítica da intervenção militar da Rússia na Ucrânia e, consequentemente, a Moldávia se distanciou da influência russa, buscando se alinhar mais aos interesses ocidentais. Além disso, a Moldávia também enfrenta desafios de segurança, incluindo violações recorrentes de seu espaço aéreo por drones russos, aumentando ainda mais as tensões já existentes.
Após o bloqueio, o acesso à embaixada foi rapidamente restaurado, mas os efeitos nas relações bilaterais ainda são profundos. A Moldávia, em sua tentativa de reafirmar sua soberania, está implementando diversas medidas, como o fechamento de centros culturais russos em resposta às violências percebidas em seu espaço aéreo. Essa ação ilustra a disposição da Moldávia em tomar uma posição firme contra a influência russa, enquanto continua a fortalecer seus laços com a Europa.
Com as tensões crescendo, tanto a Moldávia quanto a Rússia parecem determinadas em manter suas respectivas posturas diplomáticas, enquanto o futuro das relações bilaterais permanece incerto. O incidente recente na embaixada russa serve como um lembrete do delicado equilíbrio nas relações diplomáticas na região, especialmente no contexto das intervenções russas na Ucrânia e das aspirações proeuropeias da Moldávia.