A SoftBank Group anunciou a aquisição da Ampere Computing por US$ 6,5 bilhões, um negócio totalmente em dinheiro que deve ser concluído na segunda metade de 2025. Com essa transação, a SoftBank se torna proprietária da Ampere, que continuará a operar como subsidiária, mantendo seu nome e sede em Santa Clara, Califórnia.
A operação foi revelada no dia 19 de março de 2025 e envolve a compra de todas as ações da Ampere, empresa especializada em design de semicondutores. Fundada em 2017 por Renée James, ex-executiva da Intel, a Ampere é reconhecida por desenvolver chips de alto desempenho e eficiência energética, voltados para a computação em nuvem e tecnologias de inteligência artificial, utilizando a plataforma Arm.
Esse movimento é parte dos esforços da SoftBank, liderada pelo visionário Masayoshi Son, para ampliar sua presença no mercado de inteligência artificial e infraestrutura de semicondutores. A SoftBank já detém uma significativa participação na Arm Holdings, adquirida em 2016, a qual fez abertura de capital novamente em 2023. A compra da Ampere visa reforçar essa posição, associando-se a gigantes como Google Cloud, Microsoft Azure e Oracle Cloud, que já são clientes da empresa.
A transação não só solidifica a posição da SoftBank no setor de IA e computação de alto desempenho, mas também destaca a crescente relevância da plataforma Arm nos servidores de nuvem, onde a Ampere já possui uma participação robusta. A expectativa é que a SoftBank use essa aquisição para acelerar as inovações na área de inteligência artificial, alinhando-se à visão de Son sobre a demanda por potências computacionais cada vez maiores para o desenvolvimento de IA avançada.
Com a experiência da Ampere, que possui uma equipe de cerca de 1.000 engenheiros, e a força financeira da SoftBank, esta parceria promete avançar em desenvolvimentos de produtos, como o AmpereOne, criado especificamente para aplicações de inteligência artificial. Essa colaboração pode reconfigurar o futuro das tecnologias de computação, não apenas nos Estados Unidos, mas no mercado global, priorizando inovação e eficiência.