O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está determinado a remover João Luiz Fukunaga do cargo de presidente da Previ, o maior fundo de pensão da América Latina, que administra mais de R$ 270 bilhões. Essa decisão reflete tensões políticas crescentes e diversas contestações judiciais em torno da gestão de Fukunaga.
Formado em História e concursado do Banco do Brasil desde 2008, Fukunaga assumiu a presidência da Previ em fevereiro de 2023, após ter sido indicado pelo banco. O sindicalista já havia atuado como dirigente no Sindicato dos Bancários de São Paulo. A Previ garantiu que, após análise de seu currículo, a sua habilitação foi aprovada pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).
Entretanto, a trajetória de Fukunaga tem sido marcada por controvérsias. Ele já o foi afastado do cargo em duas ocasiões por decisões da Justiça Federal, embora tenha conseguido retornar devido a posteriores liberações. O Tribunal de Contas da União (TCU) confirmou a regularidade de sua indicação, mas não sem antes determinar uma auditoria para averiguar se houve influências políticas nas decisões administrativas da Previ.
A intenção de Lula em retirar Fukunaga do cargo pode ser vista como uma medida para amenizar os desgastes políticos que emergiram no contexto da sua gestão e também como uma forma de garantir que a liderança da Previ seja menos politizada e mais técnica. Essa mudança tem sido alvo de críticas e pode ser parte de uma estratégia mais ampla para alinhar a gestão da Previ aos interesses do governo.
A possível saída de Fukunaga pode ter impactos significativos na Previ, que desempenha um papel essencial para aposentados e pensionistas associados ao Banco do Brasil. Uma nova liderança poderia alterar não apenas as estratégias de investimento, mas também abalar a confiança de associados e a estabilidade financeira do fundo, o que torna essa situação crítica nos próximos dias.