Um oficial sênior do Departamento de Eficiência Governamental de Elon Musk, conhecido como DOGE, acaba de assumir um cargo de liderança na Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID). Jeremy Lewin, membro da equipe do DOGE, foi nomeado vice-administrador para política e programas na USAID, além de diretor de operações. Essa mudança acontece após o DOGE supervisionar uma drástica redução de 83% nos contratos da USAID, transferindo os programas restantes para o Departamento de Estado.
A nomeação de Lewin foi comunicada por Pete Marocco, ex-vice-chefe da USAID, em um e-mail dirigido ao pessoal do Departamento de Estado. Marocco anunciou que assumirá o cargo de chefe de assistência estrangeira do Departamento de Estado. Essas modificações estão inseridas em um esforço mais amplo do DOGE para reestruturar agências federais, com a USAID sendo uma das principais focos dessa reestruturação.
Entretanto, essa nomeação não ocorre sem controvérsias. Recentemente, um juiz federal bloqueou indefinidamente o DOGE de realizar cortes adicionais na USAID, alegando que as ações do DOGE podem infringir a Constituição dos Estados Unidos. A decisão foi tomada em resposta a uma ação judicial apresentada por funcionários e contratados da USAID, que argumentam que o DOGE está ultrapassando sua autoridade, exercendo poderes que deveriam ser restritos a indivíduos eleitos ou confirmados pelo Senado.
A decisão judicial, junto às recentes nomeações, ressalta a crescente tensão entre o papel do DOGE e as agências governamentais mais tradicionais. Enquanto o DOGE busca implementar eficiência nas operações governamentais, há críticos que advertem para o risco de que suas ações possam comprometer a estabilidade e eficácia de instituições como a USAID, que têm responsabilidades cruciais na assistência internacional.
Esse contexto de desafios legais e reestruturações dentro da USAID coloca em pauta a eficácia das agências federais e quão longe suas operações podem ser impactadas por intervenções externas. As próximas etapas para a USAID, sob a liderança de Lewin e com a supervisão do DOGE, serão observadas de perto, à medida que o debate sobre eficiência contra a estabilidade no setor público continua a se intensificar.