Na última quinta-feira, a China decidiu manter suas taxas de empréstimo de referência inalteradas, com a taxa de empréstimo primária de um ano (LPR) fixada em 3,1% e a taxa de cinco anos, que afeta diretamente as hipotecas, permanecendo em 3,6%. Essa estratégia busca garantir um ambiente econômico estável, mesmo diante de pressões internas e externas.
A decisão do Banco Popular da China (PBOC) está alinhada com as expectativas do mercado e reflete um esforço contínuo para lidar com os desafios econômicos atuais. O PBOC havia reduzido anteriormente as taxas de empréstimo em outubro de 2024, com o objetivo de estimular a atividade econômica, e desde então as taxas têm se mantido em níveis historicamente baixos. Recentes indicadores mostram uma recuperação na economia chinesa, evidenciada por um aumento na atividade industrial e nas vendas ao varejo.
Essas taxas de empréstimo influenciam diretamente os custos de financiamento, tanto para empresas quanto para famílias. Com as taxas baixas, o acesso ao crédito se torna mais fácil, incentivando o crescimento econômico. Entretanto, a pressão sobre a moeda chinesa, em virtude das discrepâncias de juros com os Estados Unidos, pode limitar a capacidade do PBOC de implementar mais alívios monetários no curto prazo.
O Banco Popular da China já sinalizou que está disposto a considerar a redução das taxas de juros e da exigência de reservas bancárias quando as condições permitirem. Isso indica que a política monetária pode se tornar mais flexível ao longo do ano, dependendo do cenário econômico tanto a nível interno quanto externo. A adaptação às circunstâncias poderá ser crucial para manter a trajetória de recuperação.