O governo brasileiro, através do Ministério das Relações Exteriores, manifestou uma enérgica crítica à decisão de Israel de interromper a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Essa resolução foi tomada após o Hamas rejeitar a extensão da primeira fase do acordo de cessar-fogo, que visava incluir tanto o mês sagrado do Ramadã quanto a Páscoa judaica. A suspensão da assistência humanitária piora ainda mais a frágil situação de Gaza, colocando em risco o cessar-fogo vigente.
O cessar-fogo entre Israel e o Hamas começou em janeiro de 2025, envolvendo a troca de reféns e a liberação de prisioneiros palestinos. Contudo, o Hamas rejeitou a prorrogação do acordo, acusando Israel de manipular frequentemente os termos estabelecidos. Como resultado, Israel interrompeu a entrada de ajuda humanitária e outros suprimentos essenciais na Faixa de Gaza.
A decisão de Israel de bloquear a entrada de ajuda humanitária em Gaza é considerada uma séria violação do direito internacional humanitário. O governo brasileiro lembrou que Israel possui a responsabilidade, segundo reconhecido pela Corte Internacional de Justiça em 2024, de garantir a prestação dos serviços básicos e a assistência humanitária para a população de Gaza sem qualquer tipo de obstrução. A obstrução intencional e a utilização política da ajuda humanitária são vistas como uma ameaça ao cessar-fogo e à estabilidade da região.
O Brasil tem apelado às partes envolvidas para que cumpram rigorosamente os termos do acordo de cessar-fogo e se comprometam a negociar visando a cessação permanente das hostilidades, a retirada das tropas israelenses de Gaza, a libertação de todos os reféns e a implantação de mecanismos eficazes para o ingresso de assistência humanitária de forma livre e previsível. O Hamas, por sua vez, defende a implementação completa do acordo, que inclui um cessar-fogo permanente, a retirada integral das tropas israelenses e a reconstrução das áreas afetadas.
A situação em Gaza continua tensa, e a população enfrenta enormes desafios humanitários. A comunidade internacional segue atenta ao conflito, buscando alternativas duradouras para mitigar a crise.