No primeiro duelo da final do Campeonato Baiano, o Bahia demonstrou superioridade ao vencer o Vitória por 2 a 0 na Casa de Apostas Arena Fonte Nova, no último domingo. O resultado poderia ter sido ainda mais expressivo, caso não fosse o pênalti desperdiçado por Lucho Rodríguez. Apesar de alguns momentos de destaque, o Rubro-Negro foi pouco produtivo em termos ofensivos, sobrevivendo por conta das defesas do goleiro Lucas Arcanjo.
O clássico começou com ambos os times escalando três zagueiros, uma estratégia defensiva por parte do técnico Thiago Carpini e uma tentativa de aumentar a robustez defensiva de Rogério Ceni, que visava minimizar riscos em jogadas de bola parada. O terceiro zagueiro do Bahia, Ramos Mingo, também atuava como lateral-esquerdo quando o time não tinha a posse, organizando uma linha defensiva sólida.
Essa formação robusta do Bahia possibilitou que o time fosse não apenas eficiente na defesa, mas também nas jogadas ofensivas. A abrir o placar, aos seis minutos de partida, foi um golpe com a marca registrada do Bahia. Everton Ribeiro cobrou uma falta perfeita, e Gabriel Xavier subiu mais alto para cabecear e inaugurar o marcador.
Além da consistência defensiva, ambos os times aplicaram posições avançadas e pressão alta para dificultar a saída de bola adversária. O Bahia, no entanto, foi mais eficaz nessa estratégia, mantendo-se no campo de ataque até os 15 minutos, enquanto o Vitória lutava para recuperar a posse, mas não soube aproveitar as falhas adversárias.
A principal diferença entre os times foi a qualidade técnica. Enquanto o Vitória carecia de jogadores que pudessem conduzir a bola com qualidade, o Bahia se destacou nesse aspecto. Everton Ribeiro foi fundamental, além de ter contribuído para o gol inicial, trouxe uma dinâmica importante ao meio-campo, e Erick Pulga se mostrou uma presença constante de perigo no ataque.
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O segundo gol do Bahia foi a confirmação da superioridade tricolor. Pulga, após lutar por uma bola perdida, derrubou dois defensores e finalizou com precisão, marcando um gol que exemplificou a habilidade dos atacantes do Bahia, em contraste com a dificuldade do Vitória em finalizações semelhantes.
Neste ponto do jogo, o Bahia poderia ter ampliado a vantagem. Porém, no início da segunda etapa, o Vitória conseguiu se recuperar após a cobrança de pênalti mal executada por Lucho Rodríguez, o que deu um fôlego novo à equipe. Carpini reagiu à situação com substituições. Ele optou por tirar Neris e adicionou Ronaldo Lopes para reforçar o meio-campo, abandonando a formação defensiva para buscar o empate.
O retorno do Vitória ao jogo trouxe um momento de equilíbrio, mas o time ainda enfrentava as mesmas dificuldades criativas. Mesmo com mais posse de bola, foi incapaz de ameaçar efetivamente o gol tricolor, que, por sua vez, explorava com cada vez mais perigo os contra-ataques. Lucho teve mais uma oportunidade clara, mas não conseguiu consolidar.
Com a vitória, o Bahia mantém uma vantagem considerável, e as duas equipes se enfrentam novamente neste domingo, no Barradão, às 16h (de Brasília). Na quarta-feira, as atenções se voltam para a Copa do Nordeste, onde o Bahia tem um confronto contra o CSA, enquanto o Vitória joga contra o Sport.