O Bahia teve uma atuação marcante na última partida, onde a paciência se destacou como a principal virtude da equipe. O time conseguiu vencer o Boston River e, assim, garantir sua classificação para a fase de grupos da Libertadores.
Apesar da dominância em campo, o Tricolor só conseguiu balançar as redes no segundo tempo, mesmo tendo realizado 23 finalizações ao longo da partida. Essa quantidade revela a intenção ofensiva do Bahia, que logo de início apresentou uma estratégia de ataque mais intensa em comparação ao jogo no Uruguai.
Após uma apresentação apagada em Montevidéu, o técnico Rogério Ceni decidiu reinventar a formação da equipe, abrindo mão de uma linha de três zagueiros. Ele também optou por escalar Gilberto na lateral direita e deixou Gabriel Xavier no banco, sinalizando um posicionamento mais agressivo no ataque.
Com essa mudança tática, o Bahia ficou mais exposto à defensiva adversária, o que resultou em alguns contra-ataques perigosos. A equipe sofreu mais do que no último encontro, mas teve um saldo positivo ao criar mais oportunidades de gol.
Infelizmente, os jogadores responsáveis pela construção das jogadas estavam com uma eficiência abaixo do esperado. O primeiro tempo terminou com 12 finalizações do Bahia, mas apenas três foram na direção do gol. Essa margem ampliou para 23 finalizações após o apito final, com apenas cinco tiros certeiros e um gol garantido.
Durante a primeira etapa, o meia Lucho se mostrou um pouco isolado, dificultando a aproximação dos companheiros. As pontas, por sua vez, também enfrentaram desafios: Erick Pulga teve dificuldades devido à marcação dobrada e Ademir, apesar das limitações, conseguiu contribuir mais pelo lado direito.
No segundo tempo, o Bahia retornou sem alterações, mas a atmosfera do jogo mudou Radicalmente com a tensão crescente. O time começou a errar mais, o que comprometeu a transição defensiva e permitiu que os uruguaios quase marcassem em um contra-ataque aos dez minutos.
Foi nesse momento de pressão que o Bahia encontrou seu caminho para o gol. Luciano Juba, que havia sido discreto até então, fez um excelente cruzamento que encontrou a cabeça de Jean Lucas, resultando no primeiro gol da partida.
Após abrir o placar, o Bahia manteve sua superioridade em campo, controlando a partida com sabedoria e evitando surpresas em sua defesa. Rogério Ceni, mantendo a mesma formação até os 36 minutos do segundo tempo, fez quatro alterações para fortalecer o time e dar novo fôlego.
Nos minutos finais, o Bahia estava em controle absoluto, mesmo com o Boston River tentando ir para o tudo ou nada. O time tricolor ainda criou uma oportunidade clara de gol, mas não conseguiu ampliar o placar.
Com a vitória garantida e a classificação confirmada para a fase de grupos da Libertadores, o Bahia agora aguarda a definição de seus próximos adversários, que será divulgada na próxima segunda-feira, durante o sorteio promovido pela Conmebol.
Antes desse importante sorteio, os jogadores do Bahia têm mais um grande desafio pela frente, a disputa da final do Campeonato Baiano, no clássico contra o Vitória, agendada para este domingo. O Ba-Vi será disputado na Casa de Apostas Arena Fonte Nova, com início marcado para as 18h (horário de Brasília).