O recente tributo da Vogue ao musical Hairspray, com a participação de Gigi Hadid, gerou discussões sobre a representação da diversidade corporal. No universo do musical de John Waters, a protagonista Tracy Turnblad é uma adolescente que enfrenta discriminação por seu tamanho. O tema central aborda a solidariedade entre pessoas gordas e a luta por igualdade racial.
Na nova edição da revista, Gigi se destaca como a capa e brilha em um vídeo intitulado “Gigi Hadid Can’t Stop the Beat”, uma reinterpretação da canção “You Can't Stop the Beat”. Durante a entrevista, ela revelou seu amor pelo teatro musical e mencionou que interpretou a personagem Amber Von Tussle aos 9 anos.
No vídeo, Gigi canta uma parte da música associada à personagem Penny, enquanto é apresentada com uma peruca que remete ao famoso visual de Tracy. O ator Cole Escola também faz uma aparição como Edna, a mãe de Tracy, mas omitiu uma linha marcante da canção, provavelmente devido ao seu tamanho.
A participação da atriz Laverne Cox como Motormouth Maybelle, que dedica uma canção a ser “Grande, Loira e Bonita”, adiciona um toque interessante ao tributo. No entanto, a ausência de corpos maiores entre os 16 dançarinos e os quatro convidados levanta questões sobre a falta de diversidade.
Muitos espectadores elogiaram a produção, mas outros ressaltaram a homogeneidade dos corpos representados. Tracy Turnblad é um dos poucos papéis significativos no teatro musical para performers gordinhos, numa indústria ainda marcada pela discriminação de tamanho.
Embora este seja um tributo e não uma produção completa, poderia ter sido uma oportunidade para destacar modelos maiores. Se a inclusão de corpos diversos não era uma opção, talvez fosse melhor optar por outro musical que não centralizasse questões de tamanho.
É importante refletir sobre o contexto atual, onde a celebração de um padrão de beleza ultra-magro ainda é comum. O debate sobre a inclusão e a representatividade no mundo da moda e do entretenimento continua sendo relevante, levantando questões sobre o que realmente significa celebrar a diversidade.
Essa discussão nos convida a pensar: como podemos apoiar uma indústria mais inclusiva e representativa? O que você acha sobre essa situação? Deixe seu comentário!