Torcedores cantam ofensa racista a Vini Jr. antes da Champions
Em um novo episódio de racismo no futebol espanhol, torcedores do Atlético de Madrid protagonizaram uma cena lamentável ao entoarem cânticos racistas dirigidos a Vinicius Júnior, do Real Madrid, antes do importante confronto na Champions League. O jogador, que é alvo frequente de ofensas desde sua chegada ao clube em 2017, mais uma vez se viu no centro de uma polêmica por conta de atitudes discriminatórias.
Um clipe que circula nas redes sociais revela o momento em que os fãs do Atlético cantam uma música chamando Vinicius de "chimpanzé". Esse tipo de comportamento não é novidade, visto que Vini Jr. tem enfrentado ataques racistas por parte de torcedores de diferentes clubes na Espanha.
A atmosfera de rivalidade que normalmente caracteriza os encontros entre o Real Madrid e o Atlético de Madrid foi transformada em um episódio de hostilidade. Neste caso, torcedores, em vez de celebrar o futebol, optaram por proferir ofensas que envergonham o esporte e a sociedade. A música racista foi ouvida antes de o jogo começar, tornando um momento de expectativa em um discurso de ódio.
O Atlético de Madrid, tradicional rival do Real Madrid, tem um passado marcado por casos de discriminação. O foco das ofensas tem sido Vinicius Jr., que já foi alvo de xingamentos em mais de uma oportunidade. Um exemplo notório ocorreu há um ano, durante as oitavas de final da Champions League, quando os torcedores também cantaram a mesma música racista na presença de Vini, mesmo quando ele não estava jogando.
Naquele jogo, a torcida entoou o coro "Alé Alé, Alé, Vinícius chimpanzé", uma versão distorcida do cântico original que celebra o clube. Com isso, ficou evidente que a mensagem de ódio não se limita apenas aos dias de jogos, mas se perpetua nas barreiras culturais e sociais.
O jogador expressou sua indignação nas redes sociais, cobrando uma resposta contundente da UEFA e da Champions League. "É uma triste realidade que acontece até mesmo nos jogos que eu não posso participar!" disse ele, sublinhando a gravidade da situação.
Este não é um caso isolado; o racismo no futebol espanhol tem raízes profundas. Em janeiro de 2023, um episódio marcante foi quando um boneco vestido com a camisa de Vini Jr. foi pendurado em uma ponte, acompanhado de uma faixa que dizia: "Madri odeia o Real". Casos de agressão verbal também ocorreram em um clássico entre as equipes em setembro de 2024, onde objetos foram arremessados no campo e gritos racistas foram proferidos.
Após esses acontecimentos, o Atlético anunciou a expulsão de nove associados do clube, embora não tenha especificado os atos cometidos, levantando questões sobre a eficácia de suas medidas contra o racismo. Apesar de a La Liga se comprometer a um protocolo de "tolerância zero" em relação ao racismo e de condenar veementemente essas atitudes, a resposta tem sido considerada insuficiente por muitos.
A continuidade desses atos de discriminação contra jogadores, especialmente contra Vinicius Jr., evidencia a necessidade urgente de ações mais eficazes e diretas para combater o racismo dentro do futebol. Torcedores, clubes e ligas devem unir forças para erradicar o ódio, promovendo um ambiente mais justo e acolhedor para todos os atletas.
O futebol deve ser um espaço de inclusão, diversidade e respeito, não um palco para o racismo e a discriminação. É o momento de todos se unirem na luta contra essas ofensas e promover um esporte verdadeiramente livre de preconceitos.
Se você também é contra o racismo e acredita em um futebol mais igualitário, compartilhe sua opinião nos comentários ou nas suas redes sociais. Juntos, podemos fazer a diferença!
