A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, expressou sua opinião de forma contundente sobre o protesto dos jogadores veteranos contra o uso de gramados sintéticos, como os do Allianz Parque. Ela afirmou: “Os que reclamam são os mais velhos. Eles querem prolongar a vida profissional deles”.
A discussão teve como pano de fundo a recente manifestação liderada por Neymar, que se opôs ao uso desses tipos de gramado. Segundo Leila, a maioria das vozes críticas vem de atletas mais experientes, como Neymar, Thiago Silva, Philippe Coutinho e Lucas, que alegam que o piso sintético poderia prejudicar suas articulações. “Normalmente, os atletas que reclamam são mais velhos, eu até compreendo que eles querem prolongar ainda mais a vida profissional deles”, acrescentou Pereira.
Ela enfatizou que muitos desses jogadores já deveriam ter se aposentado e, em vez disso, concentram-se em protestar. “Eu me refiro aos jogadores que fizeram aquele manifesto, sem comprovação científica absolutamente nenhuma, de que gramado sintético é prejudicial à vida do atleta”, disse. O descontentamento de Leila foi palpável em uma reunião na sede da CBF, onde o uso de gramados sintéticos foi um dos assuntos abordados, especialmente em função da pressão de clubes que preferem grama natural.
Clubes como Santos, Fluminense, Vasco e São Paulo, conhecidos por seus gramados naturais, estão lado a lado com os jogadores, que são vozes influentes nesse debate. A reclamação gira em torno da suposta vantagem que clubes com gramados sintéticos teriam em relação a esses que utilizam o piso natural. Além disso, a presidente do Palmeiras comentou sobre a necessidade de se discutir a qualidade dos gramados no Brasil. “Não é possível você comparar gramados europeus com a situação brasileira. É muito melhor você ter um gramado sintético de primeira linha do que jogar em gramados naturais esburacados. Isso é uma coisa óbvia”, ressaltou.
Durante a discussão, o doutor Jorge Pagura apresentou um estudo realizado pela CBF, que não encontrou evidências de que o gramado sintético cause quaisquer danos para os jogadores. Leila enfatizou que não houve votação ou decisão sobre a remoção dos gramados sintéticos nos estádios brasileiros, mas um compromisso do Conselho Nacional de Clubes de aprofundar o assunto. “A gente tem que discutir, sim, a qualidade dos gramados no Brasil, não se o sintético é melhor do que o natural”, afirmou.
É importante salientar que a utilização de gramados sintéticos é regulamentada pela FIFA, que verifica anualmente todos os principais estádios com esse tipo de piso ao redor do mundo. Na Série A, alguns dos estádios que utilizam gramados sintéticos são o Allianz Parque, o Estádio Nilton Santos e a Arena MRV. O debate sobre a qualidade dos gramados no Brasil é relevante, e Leila Pereira parece disposta a levar adiante essa conversa, buscando soluções que beneficiem todos os clubes envolvidos.
Esse tema gera um grande interesse tanto entre torcedores quanto entre especialistas da área esportiva, e certamente continuará a ser discutido em futuras reuniões e eventos no futebol brasileiro. O que resta agora é saber como essa questão será resolvida e qual o impacto dela sobre a carreira dos atletas em atividade.