A capital russa, Moscou, enfrentou um dos maiores ataques aéreos com drones ucranianos desde o início do conflito, conforme informou o prefeito Serguei Sobianin. O incidente ocorreu na madrugada de terça-feira, 11, logo antes de um importante encontro diplomático entre EUA e Ucrânia, que está sendo realizado na Arábia Saudita. No total, 337 drones foram interceptados pelas forças de defesa russa.
Sobianin revelou no Telegram: “A defesa antiaérea do Ministério da Defesa continua repelindo um ataque massivo de drones inimigos contra Moscou”. O Ministério da Defesa da Rússia especificou que 91 dos 337 drones foram abatidos na região de Moscou, uma área que geralmente não é diretamente impactada pelos combates. Além disso, informações da Reuters informam que o ataque resultou em pelo menos duas mortes e 18 feridos.
Relatos e imagens veiculadas por meios de comunicação russos mostram danos em edifícios residenciais, com janelas quebradas e telhados danificados devido à queda de destroços dos drones. Embora Moscou não esteja na linha de frente do confronto, esse ataque é considerado o maior desde o início da invasão russa à Ucrânia, que já se arrasta por mais de três anos.
Esse evento ocorre em um momento crítico para a Ucrânia, que busca aumentar o apoio internacional. Durante o encontro em Jedá, a delegação ucraniana apresentará uma proposta de trégua parcial com a Rússia. Essa iniciativa visa, principalmente, recuperar o apoio dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, que tem pressionado Kiev por concessões para encerrar o conflito. Este será o primeiro diálogo significativo entre as duas nações desde um incidente entre Trump e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que ocorreu na Casa Branca. Desde então, as autoridades ucranianas têm se esforçado para reforçar o apoio de seu principal aliado, enquanto a situação de guerra se torna cada vez mais volátil.