A DC Comics, assim como a Marvel, possui algumas histórias que nem mesmo os maiores fãs têm como defender. Essas narrativas se destacam por sua chateação e irritação, fazendo até um universo repleto de super-heróis e vilões parecer distante do real. Neste artigo, abordaremos algumas dessas histórias que, mesmo entre os defensores da criatividade do lar de Superman, Batman e Mulher-Maravilha, deveriam permanecer esquecidas ao longo do tempo. Afinal, nem todas as ideias são tão brilhantes assim.
É importante ressaltar que o objetivo não é desacreditar a DC Comics ou provocar os fãs, mas sim discutir quais foram as histórias que se mostraram tão chatas e irritantes que muitos prefeririam ter investido o tempo em ler outra coisa. Ou, quem sabe, esquecer que um dia tiveram contato com elas.
Inspirada na obra Y: O Último Homem, a DC Elseworlds apresenta um mundo em que todos os homens biológicos morrem devido a uma doença cósmica. Esse cenário poderia ter gerado uma trama instigante sobre como as mulheres e super-heroínas enfrentam essa situação, mas a editora cometeu diversos erros. Um deles foi a preservação do Superman, que foi declarado responsável por "reiniciar" a humanidade. De maneira resumida, ele coleta seu material genético e foge da Terra, o que torna a história decepcionante.
Recontar as origens de personagens icônicos pode ser problemático na DC Comics. O renomado autor Frank Miller trouxe "O Cavaleiro das Trevas" na década de 1980, mas também gerou uma série de reclamações com "All Star Batman & Robin". Nessa HQ, o Homem-Morcego se torna muito mais exagerado, maltratando Dick Grayson, o jovem Robin, e o forçando a caçar ratos na Batcaverna para sobreviver. Essa abordagem não é o esperado dos fãs em relação a Bruce Wayne e órfãos.
É preciso reconhecer que a DC Comics precisava restabelecer a linha do tempo anterior ao Flashpoint e "Convergência" tinha essa função. Na trama, Brainiac reúne diversos heróis e vilões da DC de diferentes épocas para ver o que ocorre a partir desse encontro. No entanto, o grande problema foi a forma como isso foi conduzido. Entre abril e maio de 2015, todas as edições das HQs pararam, deixando o público sem saber o que aconteceu em suas histórias. Além disso, muitos one-shots lançados apresentavam narrativas fracas.
No Santuário, um local dedicado à saúde mental dos super-heróis, ocorre uma série de mortes. Centenas de vilões e um grande mistério cercam esses assassinatos, culminando na revelação de que Wally West, um querido personagem, é o responsável pelos crimes. Uma cena polêmica dessa HQ é a vitória da Arlequina sobre o Superman, Batman e Mulher-Maravilha sozinha. Essa tentativa de recuperar fãs que se afastaram após Os Novos 52 foi, sem dúvida, uma das piores decisões.
Referida como "52 feita de forma adequada" pelo editor-chefe da DC Comics, "Contagem Regressiva para a Crise Final" tinha como objetivo preparar os fãs para a "Crise Final". Porém, irritou muitos fãs por ter pouca relação com o evento e se revelou apenas uma jogada de marketing. Comparada a "52", que realmente teve grande engajamento, as expectativas foram altas, mas a execução deixou a desejar.
Neste evento, a Mulher-Maravilha é capturada pelo Governo dos EUA, levando as amazonas a invadirem Washington para resgatá-la. Quase tudo dá errado. Muitos personagens desnecessários são inseridos, agindo de formas que não condizem com suas personalidades. A célebre frase “Abelhas. Meu Deus” de Batman, ao ver uma amazona armada com abelhas mortais, chocou e irritou os fãs do no super-herói.
As HQs "Cry for Justice" e "Liga da Justiça: Ascensão de Arsenal" apresentam um destino trágico para Ricardito. Em "Cry for Justice", Prometheus manipula Roy Harper a se unir à Liga da Justiça, resultando na perda de um braço e na morte de sua filha, Lian. Já em "Ascensão de Arsenal", a dor leva Roy de volta ao vício. Essa representação de sofrimento culmina de forma grotesca, onde ele perde a cabeça ao ver um gato morto e associa a tragédia à sua filha.
A DC Comics decidiu que "Crise de Identidade" deveria ser um evento que os fãs iriam querer esquecer completamente. Essa narrativa se tornou tão irritante que muitos preferem não mencioná-la e excluí-la de adaptações futuras. A trama revela que a Liga da Justiça fez lavagem cerebral em diversos vilões, chocando até o Batman, e incluiu retcons que ainda são debatidos, como o abuso de Sue Dibny por Doutor Luz.
Essas não são as únicas histórias da DC Comics que os fãs recomendariam evitar. Outras como "O Relógio do Juízo Final", "Batman: Os Três Coringas", "Batman: O Cavaleiro das Trevas 2" e "Superman At Earth’s Edge" também são exemplos de tramas que levam a lugar nenhum e desfazem decisões importantes de outras HQs. Como mencionado, histórias desse tipo não são exclusivas da DC, já que a Marvel também apresenta suas narrativas que são consideradas chatas e irritantes. Portanto, os fãs acabam consumindo tanto obras-primas quanto essas que não rendem bons frutos.
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