A Tesla, comandada por Elon Musk, enfrenta um cenário desafiador no início de 2025, com uma queda significativa nas vendas de seus veículos. As entregas na Alemanha, o maior mercado europeu, despencaram em 76%, enquanto a China registrou uma redução de 49%, refletindo os piores números de vendas desde 2022.
No espaço de apenas dois meses em 2025, a situação da fabricante de automóveis elétricos não parece melhorar. Embora os dados referem-se a um período curto, os números traiçoeiros nos diferentes mercados são contundentes e as ações da empresa estão em queda.
Para aqueles que investiram na Tesla, o mês de fevereiro trouxe notícias desanimadoras. O valor das ações caiu drasticamente, passando de aproximadamente US$ 3.700 para cerca de US$ 2.700, representando uma redução de US$ 100 por ação.
Analistas atribuem essa variação à confiança flutuante dos investidores nas ações da empresa. Investidores têm se mostrado receptivos a ações com preços elevando-se não necessariamente de acordo com o desempenho atual, mas sim pelas expectativas futuras que vão além do valor real imediato.
A trajetória da Tesla sempre foi marcada por montanhas-russas financeiras, com a empresa lidando com prejuízos no passado, mas recebendo suporte substancial de investidores que confiaram plenamente na visão de Musk. Com essa ajuda, a empresa evoluiu para um estágio em que lucros passaram a ser uma realidade, impulsionando novos investimentos.
Em outubro de 2024, o valor das ações estava em torno de US$ 210, e continuamente, até meados de dezembro de 2024, alcançou um pico próximo de US$ 480, impulsionado pela promessa de um robotáxi, que poderá estar disponível antes de 2027. Contudo, a recente oscilação tem sinalizado uma desconfiança crescente, demonstrando que as vendas não estão acompanhando o crescimento no valor das ações.
A situação na China é alarmante. Os números indicam que a Tesla não apresentava um volume tão baixo de vendas desde agosto de 2022. A China Passenger Car Association revelou que, em fevereiro de 2025, a Tesla entregou 30.688 veículos, uma queda de 49% em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Essa performance é ainda mais crítica quando se contrasta com os 63.238 carros entregues em janeiro.
Em comparação, a BYD, concorrente que também vende veículos híbridos plug-in, teve um desempenho robusto com a comercialização de 318.233 carros, um crescimento de mais de 161% em relação ao mês do ano anterior.
Na Europa, o segundo maior mercado para carros elétricos, os resultados também foram decepcionantes. Até o momento, menos de 1.000 unidades foram vendidas na Alemanha, França e Reino Unido. Em 2024, a Tesla havia vendido 46.243 veículos elétricos na Europa, incluindo o Reino Unido e países nórdicos. As quedas nos principais mercados entre fevereiro de 2024 e 2025 são alarmantes:
Nos Estados Unidos, a situação é um pouco mais complicada, já que a empresa não divulga dados específicos por região. No entanto, as informações disponíveis até o final de 2024 indicam que as vendas na Califórnia, um dos principais mercados do país, caíram 8% no último trimestre do ano e 12% no ano como um todo. Calcula-se que cerca de 50 mil unidades da Tesla, incluindo os modelos Model 3 e Model Y, ficaram sem compradores.
A dúvida sobre o futuro das ações da Tesla persiste. O desempenho do mercado reflete diretamente nas vendas, mas igualmente em como a empresa avança nas tecnologias de condução autônoma. As posturas e decisões políticas de Elon Musk também podem estar influenciando a percepção pública.
É importante lembrar que ocorreram manifestações na Europa devido ao suporte de Musk a partidos extremistas, e a percepção pública nos Estados Unidos, onde milhares de funcionários estão sendo demitidos, pode impactar ainda mais a decisão dos consumidores na hora de escolher o próximo veículo.
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