O bilionário egípcio Mohamed Al-Fayed, pai de Dodi Al-Fayed, que foi o último namorado da Princesa Diana, faleceu no dia 30 de agosto de 2023. Sua morte reacendeu discussões sobre as teorias que envolvem a morte trágica de seu filho e da princesa, ocorrida em um acidente que até hoje gera polêmicas e especulações.
Reconhecido como o proprietário da famosa rede de lojas Harrods, Mohamed Al-Fayed dedicou cerca de uma década em batalhas judiciais para tentar comprovar que a monarquia britânica teria encomendado o assassinato de Diana e Dodi. Entretanto, suas reivindicações foram veementemente rejeitadas pela Justiça, que não encontrou evidências suficientes para sustentar essa teoria.
O acidente que resultou na morte de Diana aconteceu há 27 anos, no dia 31 de agosto de 1997. Na ocasião, a princesa estava com Dodi e o guarda-costas Trevor Ree-Jones no carro, quando tragicamente colidiram em um túnel em Paris. Dodi e o motorista Henri Paul faleceram no local, enquanto o guarda-costas sobreviveu.
Uma investigação da polícia francesa, realizada em 1999, atribuiu a responsabilidade pelo acidente ao motorista, que estava alcoolizado, sob efeito de medicamentos e dirigindo em alta velocidade quando perdeu o controle do veículo. Apesar dessa conclusão, a versão oficial da polícia de Londres, que só foi disponibilizada após 16 meses de investigação, corroborou a ideia de que se tratou de um acidente.
Para Mohamed Al-Fayed, a morte de Dodi foi uma manobra orquestrada pela Família Real britânica, e ele chegou a afirmar que Diana estaria grávida do filho. Apesar de rumores sobre essa possibilidade, a autópsia revelou que Diana não estava grávida, e muitas de suas amigas, incluindo a embaixatriz brasileira Lúcia Flecha de Lima, negaram que a princesa estivesse considerando um novo casamento.
O relacionamento entre Dodi e Diana foi tornado público apenas três semanas antes do fatídico acidente, embora já houvesse especulações desde agosto de 1997. Na época, Diana enfrentava uma intensa perseguição da mídia, com paparazzi seguindo seus passos.
Diana, que se tornou um ícone da moda e que quebrou diversas regras da realeza, permanece na memória coletiva do Reino Unido. Seu estilo único e ousado era amplamente imitado, e seus vestidos se tornaram referência em todo o mundo. Ela foi a primeira princesa a redigir seus próprios votos de casamento, e seu matrimônio com o Príncipe Charles foi transmitido ao vivo para milhões de telespectadores.
Diante das câmeras, Diana também se destacou ao abordar publicamente suas batalhas contra a bulimia e outros transtornos psicológicos, levando novamente o foco às questões de saúde mental.
Diana Frances Spencer, nascida em 1º de julho de 1961, em Norfolk, na Inglaterra, foi a quarta de cinco filhos e afirmou ter tido uma infância infeliz, marcada por conflitos com sua madrasta após o divórcio dos pais quando tinha apenas sete anos. Com a herança do título de Conde Spencer, seu pai a destacou como Lady Diana.
Antes de se tornar princesa, Diana trabalhou como babá and professora de crianças em idade escolar. Sua vida ganhou notoriedade após se unir ao Príncipe Charles, e ela logo se tornou uma figura central no Palácio de Buckingham.
Diana teve dois filhos, os príncipes William e Harry, que tinham apenas 15 e 12 anos, respectivamente, no momento de sua morte. A princesa também foi uma forte defensora de causas sociais, contribuindo para a conscientização sobre a AIDS em uma época em que a doença era cercada de estigmas. Além disso, ela se dedicou ao apoio de crianças em instituições de caridade.
Com uma postura pacifista, Diana se envolveu em campanhas contra minas terrestres e sempre tinha algo significativo a dizer durante suas interações com figuras públicas. Um de seus encontros memoráveis foi com Sri Chinmoy, um filósofo indian, que promovia eventos sobre paz interior e harmonia.
O funeral de Diana teve uma cobertura massiva, atraindo multidões e sendo transmitido ao vivo para milhões. Os portões do Palácio de Kensington foram adornados com flores por britânicos e visitantes que homenagearam a princesa.
O historiador Ed Owens destacou que, na atualidade, Diana continua a ser a mulher mais reconhecida de língua inglesa, apenas superada pela Rainha Elizabeth II. A traição do príncipe, que envolveu Camila Parker Bowles, sempre foi fonte de especulação e conversa. Atualmente, Charles é rei, e Camila ocupa o título de rainha.