Uma colisão entre um petroleiro que transportava combustível de aviação e um navio de carga no Mar do Norte gerou preocupações sobre a segurança marítima. Especialistas afirmam que o incidente, que ocorreu recentemente, foi resultado de "incompetência" na navegação. O petroleiro Stena Immaculate, que é de bandeira dos Estados Unidos e possui uma tonelagem bruta de 49.729, estava em um fretamento de curto prazo para o Comando de Transporte Marítimo Militar da Marinha dos EUA quando foi atingido.
O navio estava ancorado no momento do impacto e, como consequência, acabou pegando fogo e vazando combustível, levando a um grande esforço de resgate. Mais de 30 membros da tripulação foram hospitalizados após o acidente. O navio que colidiu com o petroleiro, o Solong, é um porta-contêineres de bandeira portuguesa, pesando 9.322 dwt.
Simon Boxall, oceanógrafo que analisou a situação, destacou a raridade de um acidente dessa natureza envolvendo um navio ancorado. Ele comentou: "É incomum que esse acidente tenha acontecido porque o navio Stena, cheio de combustível de aviação, estava ancorado, e o navio português, o Solong, basicamente colidiu com ele". Boxall também acrescentou que relatos indicaram a presença de neblina, mas que os navios modernos são equipados com tecnologia de ponta, como sistemas anticolisão e radar.
O especialista explicou ainda que "o navio Stena poderia ter feito muito pouco sobre isso" devido à sua posição ancorada. O Stena Immaculate não teve tempo para reagir uma vez que os motores começaram a aquecer. Por outro lado, ficou claro que "o Solong deveria ter evitado isso", o que implica uma falha grave de navegação por parte da tripulação do navio português. Para Boxall, não há justificativa para que dois navios colidam nos dias de hoje. "Não há razão para que, no século 21, dois navios colidam", afirmou ele.
Após o acidente, a Guarda Costeira foi acionada para uma resposta imediata, mobilizando um helicóptero e aeronaves de asa fixa, além de botes salva-vidas e embarcações com capacidade de combater incêndios. A situação das vítimas foi a prioridade, e 32 delas foram levadas para a costa, onde ambulâncias as aguardavam para transporte a hospitais em Grimsby. O executivo-chefe do Porto de Grimsby Leste informou que o estado das vítimas ainda não era claro, levantando mais questões sobre a segurança marítima na área.
O incidente destaca a importância de revisões de segurança e treinamento na navegação, especialmente em águas movimentadas e em condições climáticas desafiadoras. É crucial que medidas adequadas sejam tomadas para evitar que tragédias semelhantes se repitam no futuro.
É fundamental que as autoridades marítimas e as organizações de transporte implementem regulamentos mais rigorosos e promovam treinamentos adequados para garantir a segurança das operações no mar. Somente assim será possível mitigar os riscos e assegurar que todos os navegantes possam operar com confiança. Como você vê a resposta das autoridades em relação a esse incidente? Deixe seus comentários e compartilhe suas opiniões sobre esse grave acidente no Mar do Norte.