A futura presidente do Superior Tribunal Militar (STM), Maria Elizabeth Rocha, expressou sua satisfação com a recente decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em indicar uma mulher para ocupar uma vaga na Corte Militar. Ao anunciar a escolha da advogada Verônica Abdalla Sterman como nova ministra do STM, Lula trouxe à tona um momento histórico, que, segundo Maria Elizabeth, "engrandece a República".
Verônica Sterman, cuja nomeação ainda precisa ser confirmada pelo Senado, é uma profissional já respeitada na área do Direito. Ela possui formação em Direito pela Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e se especializou em Direito Penal Econômico pela Fundação Getúlio Vargas (GVlaw). Além disso, completou uma pós-graduação na mesma área em parceria com a Universidade de Coimbra e possui mestrado em Direito Processual Penal pela Universidade de São Paulo.
Maria Elizabeth roga por mudanças significativas na representação das mulheres na Justiça. Ela lembrou que também foi escolhida por Lula em um 8 de março, coincidindo com o Dia Internacional da Mulher em 2007, tornando-se a primeira e única mulher a integrar o STM em seus 216 anos de existência. Em suas palavras, "A indicação da doutora Verônica Sterman no mesmo Dia Internacional da Mulher, quando fui indicada pelo mesmo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no ano de 2007, engrandece a República, diversifica a Justiça Militar e torna o Poder Judiciário mais inclusivo. Meus aplausos".
Maria Elizabeth havia feito diversos apelos ao presidente Lula para que escolhesse uma mulher para a posição vacante no Tribunal. Em entrevista à CNN, ela ressaltou a importância dessa escolha: "Eu estou aqui pedindo, clamando ao presidente, que indique uma mulher, para que eu tenha uma companheira ao meu lado que possa, junto comigo, defender as questões de gênero".
Todos esses acontecimentos são parte de um panorama mais amplo, onde a inclusão feminina em esferas de poder é cada vez mais debatida e apreciada. A nomeação de Verônica Sterman é vista como um passo significativo nessa direção, gerando expectativas positivas sobre o futuro do STM e, mais profundamente, sobre o sistema de Justiça Militar.
O governo também se prepara para uma série de iniciativas voltadas para a promoção dos direitos das mulheres no mês de março. Essas ações fazem parte de um compromisso mais abrangente com a diversidade e a inclusão, ressaltando a importância do papel feminino em todas as esferas da sociedade, incluindo a Justiça.
Com a expectativa da aprovação de Verônica pelo Senado, muitos esperam que sua entrada no STM traga novas perspectivas e uma abordagem mais inclusiva nas decisões, refletindo a diversidade da sociedade brasileira dentro das estruturas de poder.