A Conmebol anunciou que o Cerro Porteño tem um prazo de uma semana para se manifestar sobre as acusações de racismo levantadas pelo Palmeiras, após jogadores brasileiros serem alvo de insultos racistas por parte de torcedores durante uma partida da Copa Libertadores Sub-20 em Assunção.
O incidente ocorreu recentemente em um jogo que terminou com a vitória do Palmeiras por 3 a 0 no estádio Gunther Vogel, localizado na periferia da capital paraguaia. Durante a partida, torcedores do time local proferiram ofensas racistas, incluindo gestos e gritos chamando os atletas brasileiros de "macaco".
De acordo com informações da Conmebol, a denúncia foi oficialmente repassada ao clube paraguaio, que deve identificar os responsáveis pelos atos de racismo. As medidas disciplinares e possíveis sanções financeiras são consideradas, especialmente devido à reincidência de comportamentos similares. O Cerro Porteño poderá enfrentar multas que podem chegar a 400 mil dólares.
Após o jogo, o atacante Luighi, do Palmeiras, expressou seu desespero diante das câmeras, chorando ao relatar o que havia ocorrido. Sua reação trouxe à tona um clamor por justiça e mobilizou críticas de figuras públicas, incluindo o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente da FIFA, Gianni Infantino.
A Conmebol se manifestou de forma contundente, destacando sua "rejeição total a qualquer ato de racismo ou discriminação" e assegurando que tomará as "medidas disciplinares adequadas", além de avaliar ações adicionais contra o clube paraguaio.
Enquanto isso, a diretoria do Cerro Porteño também se pronunciou, repudiando os atos de racismo, embora o Palmeiras tenha solicitado a exclusão imediata do clube da competição.
A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, afirmou: "Vamos chegar até o último recurso para que o Cerro Porteño e os racistas sejam punidos de forma exemplar. Pediremos a exclusão do time desta competição".
O Cerro Porteño, um dos clubes mais tradicionais e populares do Paraguai, agora tem a responsabilidade de não somente identificar os autores dos atos racistas, mas também se comprometer a implementar campanhas de conscientização contra a discriminação durante seus futuros jogos.
Vale lembrar que a Conmebol já havia imposto uma multa de 100 mil dólares ao clube em um caso anterior, em 22 de julho de 2022, também relacionado a uma denúncia apresentada pelo Palmeiras, após um jogo ocorrido em Assunção.
Esse último episódio ressalta a grave questão do racismo no esporte, evidenciando a necessidade de ações concretas e eficazes para combater essa prática intolerável. A sociedade e as autoridades esportivas precisam unir esforços para garantir que incidentes dessa natureza não se repitam, promovendo um ambiente seguro e respeitoso para todos os atletas.
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