O programa Globo Repórter Personalidades deu início à temporada de 2025 com Fernanda Torres, uma das mais renomadas atrizes do cinema brasileiro. Reconhecida com o Globo de Ouro e indicada ao Oscar de Melhor Atriz, a artista conquistou uma base fiel de fãs tanto no Brasil quanto no exterior.
Fernanda ganhou destaque por sua performance em "Ainda Estou Aqui", filme que foi aclamado pela academia, levando o prêmio de Melhor Filme Internacional, uma conquista histórica para a cinematografia nacional. O programa explorou a trajetória da atriz, desde suas primeiras apresentações teatrais na escola até seu deslumbrante tapete vermelho nas principais premiações cinematográficas.
Nascida como Fernanda Pinheiro Monteiro Torres, ou simplesmente Nanda, a atriz é filha de Fernanda Montenegro, uma das figuras mais icônicas do teatro e cinema nacional, e do também ator Fernando Torres. Em sua participação no Globo Repórter, Fernanda compartilhou sobre sua infância e a convivência no ambiente artístico.
Ela relembra: "Eu passei muito tempo da minha vida olhando eles ensaiando na mesa de jantar".
Aos doze anos, em sua adolescência, Fernanda descobriu sua verdadeira vocação ao ingressar no Tablado, uma das mais prestigiadas escolas de teatro do Brasil.
"No final do primeiro ano, apresentamos uma peça chamada ‘Um Tango Argentino’. Eu fiz o papel de uma velha tangueira e ali percebi: 'acho que eu me dou bem com isso'", contou a atriz.
Na cabine de iluminação do Tablado, seus pais tiveram a certeza de que a filha trilharia os mesmos caminhos artísticos que eles. Fernanda Montenegro relembra: "Fernando e eu fomos assistir, mas não queríamos perturbar emocionalmente nossa filha. Contudo, ao vê-la atuar, nos abraçamos e choramos. Foi uma confirmação do que é ter uma vocação dessa dimensão e a necessidade de buscar o espectador".
Diante de tantas experiências, Fernanda decidiu aos 16 anos que queria ser atriz, embora não tenha feito uma faculdade. "Eu falei: 'eu vou ser atriz'. Lembro que, após essa decisão, passei seis meses sem saber o que fazer, o que gerou um certo pânico. Mas, aos poucos as coisas foram tomando forma", relata.
No entanto, a trajetória não foi isenta de dificuldades. "Tive muitos fracassos. Sou bastante grata a eles. Enfrentei vaias durante apresentações ao vivo", admitiu.
Fernanda entrou para a história do cinema nacional ao ganhar o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes em 1986, pelo filme "Eu Sei Que Vou Te Amar", de Arnaldo Jabor. Por ironia do destino, não pôde comparecer à premiação porque estava gravando a novela "Selva de Pedras". Em uma entrevista, ela mostrou o broche que recebeu como homenagem e que guarda até hoje em sua residência.
Consolidando sua carreira, Fernanda se destacou na comédia na televisão, com papéis memoráveis em séries como "Os Normais" e "Tapas & Beijos".
Sobre sua experiência em "Os Normais", Fernanda declarou: "Quando fui fazer o papel, percebi que ali me encontrei na televisão, porque posso trabalhar por horas, mas é leve". Em seguida, com "Tapas & Beijos", a rotina de trabalho também foi intensa, mas prazerosa.
Fernanda emocionou o público e a crítica com sua performance no drama "Ainda Estou Aqui", onde deu vida à Eunice Paiva.
"É um filme que toca profundamente, é impossível não se emocionar, pois aborda temas como família e resistência, porém de maneira amorosa", definiu a atriz.
Seu irmão, Cláudio Torres, acredita que a atriz está vivendo uma das fases mais bonitas de sua carreira. "Ela começou sua jornada como atriz dramática, e mesmo sendo conhecida pelo seu humor, voltou a se aprofundar nos dramas. Acredito que essa mescla de talentos é o que a torna única".
Com uma trajetória repleta de conquistas e desafios, Fernanda Torres é um verdadeiro ícone do cinema e da televisão brasileira. Sua história é uma inspiração para as novas gerações de artistas, que buscam seu espaço e reconhecimento em um mercado tão competitivo.