Recentemente, Neil Druckmann, o renomado roteirista e diretor criativo da Naughty Dog, fez uma declaração chocante durante uma entrevista à Variety, que pode ter um grande impacto no futuro da franquia The Last of Us. Ao promover a 2ª temporada da série no Max, ele surpreendeu os fãs ao afirmar: "Não apostem em mais The Last of Us. Pode ser o fim." Essa revelação levantou questões sobre o destino de uma das mais icônicas franquias de jogos eletrônicos.
Desde seu lançamento em 2013, The Last of Us conquistou corações e mentes, transformando-se em um marco na narrativa dos videogames. A saga pós-apocalíptica, que gira em torno dos personagens Joel e Ellie, deixou uma marca indelével na cultura pop, especialmente após a adaptação bem-sucedida da HBO, que acumula impressionantes 24 indicações ao Emmy.
O primeiro título da série se destacou por sua narrativa íntima, focando em temas de perda e redenção. Já a sequência, lançada em 2020, dividiu opiniões ao abordar questões como ódio e vingança, vendendo mais de 10 milhões de cópias e provocando discussões intensas na comunidade gamer. Com a série se tornando um fenômeno lucrativo, a decisão de Druckmann em não prosseguir com um terceiro jogo parece ir contra a lógica comercial, mas reflete a filosofia criativa da Naughty Dog.
Nesse contexto, Druckmann destacou que a continuação da franquia só faz sentido se houver uma história que realmente valha a pena ser contada. Ele disse: "Se conseguirmos uma narrativa com uma mensagem universal sobre amor, como os dois primeiros jogos, contaremos. Se não... The Last of Us 2 já é um final forte." Essa posição enfatiza a importância da integridade narrativa para o estúdio.
Ademais, a resistência em desenvolver The Last of Us 3 reflete uma mudança nos interesses da Naughty Dog. Em 2024, a empresa apresentou sua nova propriedade intelectual, Intergalactic: The Heretic Prophet, durante o The Game Awards, com Druckmann mencionando que os jogadores demonstram maior interesse por novas franquias.
Embora a série nos consoles possa estar chegando ao fim, a franquia The Last of Us ainda tem um futuro promissor. A segunda temporada da série da HBO estreia em 13 de abril de 2025 e já se consolidou como um sucesso, ampliando o universo da história através de narrativas secundárias. Druckmann e o cocriador da série, Craig Mazin, planejam explorar mais sobre personagens como Eugene, que, embora mencionado brevemente no segundo jogo, terá maior destaque nesta nova fase.
“Queríamos explorar relações humanas além do que foi visto no jogo, como fizemos com Bill e Frank na 1ª temporada”, disse Mazin.
A atriz Bella Ramsey, que interpreta Ellie, também comentou sobre a nova temporada, afirmando que traz cenas tão impactantes quanto as vistas no jogo. “Tem uma [cena sombria] em que precisei ouvir 'Peanut Butter Jelly Time' pra não surtar”, contou, trazendo um tom leve ao discutir o estresse do trabalho.
Conforme a nova temporada se desenrola, os conflitos entre Ellie e Abby, interpretada por Kaitlyn Dever, prometem entregar a ação visceral e dilemas éticos que se tornaram marcas registradas da série.
Enquanto um terceiro jogo parece improvável, o legado de The Last of Us continua a se expandir em várias frentes. Além da versão remasterizada de The Last of Us Part II para PC, a HBO confirmou a intenção de produzir até quatro temporadas da série, sugerindo que o desfecho da história de Ellie pode ser abordado na televisão antes de se materializar em um novo jogo. Quanto a Intergalactic, detalhes permanecem escassos, mas o trailer divulgado no TGA indicou uma trama espacial com elementos de horror cósmico, uma mudança significativa em relação ao realismo da narrativa de The Last of Us.
É válido refletir se as declarações de Druckmann constituem uma estratégia para manter o foco do público em Intergalactic, assim como nas novidades da série e na chegada de The Last of Us 2 Remastered no PC, prevista para 3 de abril de 2025. Independente do que ocorrer, é inegável que a franquia que redefiniu padrões narrativos no mundo dos videogames continua a emocionar fãs ao redor do globo. Como Druckmann bem observou: "Às vezes, você precisa apostar todas as fichas na história certa." E, por agora, parece que ele e sua equipe estão satisfeitos em dar um descanso a Joel e Ellie.
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