A Guarda Suíça é famosa por sua longa história de proteção ao papa e à Santa Sé, refletindo um dos exércitos mais antigos em atividade. Desde 1506, essa força armada tem garantido a segurança do líder da Igreja Católica, assim como dos edifícios que formam o coração do Vaticano, o menor país do mundo. Com uma história rica e uma função vital, a Guarda Suíça se destaca não apenas por sua tradição, mas também por seu papel contemporâneo.
Hoje, a Guarda é responsável pela segurança pessoal do papa, incluindo suas viagens internacionais. Os guardas estão posicionados nas entradas do Vaticano e na residência de verão do pontífice, localizada na pitoresca cidade de Castel Gandolfo, na Itália. Durante visitas de dignitários ao Vaticano, a Guarda Suíça também presta honras militares, recebendo presidentes, primeiros-ministros e embaixadores de todo o mundo. Em momentos críticos, como quando a Igreja entra em um período de Sé Vacante, a Guarda é encarregada de proteger o Colégio de Cardeais, que se reúne para escolher um novo papa.
Os integrantes da Guarda Suíça são facilmente reconhecíveis por seus icônicos uniformes renascentistas, que exibem cores vibrantes de azul, vermelho e amarelo. Esses trajes foram projetados por Jules Répond, que atuou como comandante da Guarda entre 1910 e 1921.
A história da Guarda Suíça remonta a 1506, quando o papa Júlio II decidiu confiar sua proteção a mercenários suíços. Escolhidos por sua reputação de bravura e eficácia em batalhas, esses soldados inicialmente contavam com um contingente de apenas 150 homens. Em pouco tempo, a Guarda ganhou o respeito e a honra de serem chamados de “Guardiões da liberdade da Igreja”. Um evento marcante na trajetória da Guarda ocorreu em 6 de maio de 1527, durante o Saque de Roma, quando tropas do imperador Carlos V atacaram a cidade. Nesse dia, diversos membros da Guarda sacrificaram suas vidas para garantir a fuga do papa Clemente VII, que conseguiu se refugiar no Castelo de Sant’Angelo. A coragem demonstrada pelos guardas se tornou uma marca registrada, com mais de 100 deles tendo perdido a vida na defesa do pontífice. Até hoje, a Guarda Suíça homenageia esses heróis em suas cerimônias, especialmente no dia 6 de maio, momento em que novos integrantes prestam juramento.
Para se tornar um membro da Guarda Suíça, existem requisitos rigorosos. Os candidatos devem ser homens, solteiros e católicos romanos, cidadãos da Suíça, com idades entre 19 e 30 anos, e com um mínimo de 1,74 metros de altura. Além disso, é necessário ter um diploma profissional ou de ensino médio e ter completado o treinamento básico no exército suíço. Os novos recrutas também devem apresentar provas de boa saúde e estão sujeitos a um compromisso de serviço militar que dura 26 meses. É comum que os altos comandos da Guarda sejam selecionados entre pessoas de origem nobre, fazendo dessa uma elite militar respeitada. Uma vez aceitos, os novos membros juram lealdade ao papa da seguinte maneira: “Eu juro servir fiel, leal e honoravelmente o Sumo Pontífice e seus legítimos sucessores e dedicar-me a eles com todas as minhas forças...”.
O juramento, um rito significativo, ocorre anualmente em uma cerimônia no Vaticano, onde as tradições são rigorosamente mantidas. Em relação à vida pessoal dos guardas, eles podem se casar apenas após cinco anos de serviço, desde que tenham pelo menos 25 anos, e devem continuar a servir por mais três anos após a união.
A Guarda Suíça não é apenas um símbolo de proteção, mas também um reflexo da herança e da tradição católica que perdura por séculos. Com sua aparência distinta e uma história de bravura, esse corpo militar continua a ser uma parte vital do Vaticano, servindo não apenas como guardião do papa, mas como emblema de lealdade e compromisso à fé católica.
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