O comentarista de futebol Felipe Melo falou sobre suas conversas com Luighi, atacante do sub-20 do Palmeiras, que foi ofendido por racismo durante uma partida contra o Cerro Porteño na Libertadores. Em sua participação no programa Seleção SporTV, ele expressou seu descontentamento com a situação. Melo, que já passou por experiências semelhantes, afirmou que, se fosse o presidente do clube, retiraria os jogadores de campo até que o responsável por ofensas fosse identificado e punido.
“Meu time não voltaria a jogar até o criminoso sair algemado de dentro de campo”, destacou Felipe Melo, reforçando que a tecnologia das câmeras de segurança facilitava a identificação dos infratores. A indignação dele se reflete na necessidade de uma resposta mais firme contra o racismo no esporte.
Após o jogo, Melo procurou Luighi, que lhe respondeu dizendo: "Não paro de chorar, mas Deus sabe de todas as coisas". A mensagem do jovem expressou um profundo desespero, que tocou Felipe Melo: “Realmente me partiu o coração, esse choro genuíno dele. Me senti na pele dos pais, no Brasil, longe, querendo abraçar o filho”, afirmou o comentarista.
Felipe Melo também compartilhou suas experiências pessoais em relação a ofensas racistas, lembrando episódios que viveu em diversas competições. A empatia que sentiu por Luighi é profunda, considerando sua própria trajetória. “Eu me senti na pele dele porque eu passei por isso há pouco tempo na Argentina, no Paraguai, no Uruguai. A forma com que eu lidei com a situação foi totalmente diferente, mas sofri muito quando cheguei em casa”, relatou.
Durante a sua análise, Melo oogiou a postura da presidente do Palmeiras, Leila Pereira, que se manifestou publicamente após o incidente. Ele ressaltou a importância da liderança nesse contexto: “O peso da presidente vir a público falar é muito diferente”, opinou, chamando a atenção para a falta de declarações de outros dirigentes importantes, como os da CBF e da Conmebol.
Felipe Melo acredita que ações concretas e a manifestação pública contra o racismo são cruciais. “O presidente da CBF e a Conmebol devem se posicionar. Os patrocinadores, ao ver isso, vão repensar se vale a pena continuar a apoiar algo que pode manchar a imagem deles”, disse em um apelo por maior responsabilidade.
Essa situação ressalta a gravidade do racismo no futebol e a necessidade de união para enfrentá-lo. Felipe Melo virou uma voz ativa na luta contra essas práticas e continua a defender não apenas os jogadores, mas todos que enfrentam a discriminação.
É importante que os fãs de futebol se unam nessa luta. Comente o que você pensa sobre a posição dos dirigentes e como eles podem ajudar a erradicar o racismo do nosso esporte!