A dançarina e influenciadora Erika Schneider, conhecida por sua atuação no extinto Balé do Faustão e atualmente musa da Mocidade Independente de Padre Miguel, compartilha suas experiências com a leitura em uma entrevista ao Terra. No bate-papo, ela revela como a leitura se tornou um desafio durante sua estadia na Alemanha, onde enfrentou dificuldades com seu diagnóstico de TDAH.
Com 34 anos e mais de 4,2 milhões de seguidores no Instagram, Erika é um exemplo de superação. Recentemente, ela fez um investimento de R$ 1 milhão para se destacar no carnaval, mas seu desafio pessoal vai além das passarelas. Erika sempre teve uma relação complicada com a leitura, o que se aprofundou após seu diagnóstico de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, dificultando ainda mais sua capacidade de concentração.
Para se manter atualizada e desenvolver sua paixão pela literatura, a dançarina optou por uma abordagem alternativa: os audiolivros. “Eu não gosto muito de comentar porque virou um pouco modinha dizer que tem TDAH, mas eu realmente tenho e acredito que, assim como a depressão, é o problema do século. Hoje em dia, todo mundo é bombardeado com notícias e informações a todo momento”, disse Erika, abordando o impacto das redes sociais em sua mente.
Ela explica que, para contornar as dificuldades de foco, costuma ouvir audiolivros em momentos calmos do dia, como durante refeições e atividades físicas. Na busca por alternativas, adquiriu um Kindle para fazer a transição dos audiolivros para a leitura de livros digitais. “Passou de cinco minutos? Meu cérebro desfoca. Então, comecei a ouvir livros em plataformas de streaming; já ouvi mais de 20”, comentou, revelando sua determinação em melhorar sua relação com a leitura.
Durante sua juventude, Erika passou por um momento decisivo em sua vida ao morar na Alemanha, onde se formou e continuou sua carreira de modelo. No entanto, a transição não foi fácil, especialmente nas aulas de interpretação de texto, onde enfrentou grandes desafios. “Eu tinha um pouco de dificuldade. Lembro que, na época, a gente tinha análise de texto na escola, e eu tinha muita dificuldade de fazer a leitura do livro e a interpretação. Era bem difícil”, explicou.
O choque cultural e a barreira do idioma tornaram a leitura um fardo, levando-a a desenvolver um aversão temporária aos livros. “Nessa época, a leitura virou um pouco de tortura na minha vida porque eu estava em outro país, estudando em uma língua que não era minha língua materna. Eu sofri muito; por um tempo, cheguei a pegar nojo de livro físico”, recordou Erika sobre essa fase sombria.
Ao retornar ao Brasil e com o passar do tempo, Erika começou a ressignificar sua relação com os livros. Iniciou ouvindo podcasts, depois passou para os audiolivros e, atualmente, busca transitar para a leitura digital com seu dispositivo Kindle. Recentemente, durante sua viagem à Europa, Erika teve a chance de visitar a Livraria Bertrand, uma das mais antigas de Portugal, onde encontrou novos títulos para sua coleção de audiolivros.
“Comecei esse processo porque você começa a sentir falta de estímulo. De exercitar, sabe? De aprender coisas novas, de ver conteúdos diferentes. Ficar preso à internet não é tão bom quanto parece. É importante consumir literatura, mesmo que em áudio”, enfatiza, destacando que seu título favorito até o momento foi O Perfume, de Patrick Süskind.
Erika Schneider, ao compartilhar sua jornada, mostra como é importante driblar as dificuldades e buscar alternativas para o aprendizado e a inserção no mundo literário. Sua experiência com TDAH e a luta para manter a concentração revelam a importância de se adaptar e encontrar caminhos que funcionem para cada um.
Assim, ao refletir sobre sua trajetória, Erika inspira outros a não desistirem diante dos desafios e a explorarem novas formas de se conectar com o conhecimento e a literatura. Que tal seguir o exemplo dela e começar a ouvir audiolivros ou explorar novas leituras você também? Compartilhe suas opiniões nos comentários!