No dia 4 de março, o Hamas expressou sua satisfação com o plano de reconstrução de Gaza, apresentado pelo Egito, enfatizando a necessidade de recursos para assegurar seu êxito. A declaração foi feita após uma cúpula de emergência realizada no Cairo, onde vários estados árabes manifestaram apoio à proposta egípcia.
Esse plano de reconstrução, que possui 112 páginas, abrange mapas detalhados e imagens geradas por inteligência artificial que ilustram projetos de habitação, áreas verdes e centros comunitários. Inclui a construção de um porto comercial, um centro de tecnologia, hotéis à beira-mar e até um aeroporto, todos destinados a revitalizar a infraestrutura da região.
O presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, também manifestou apoio à proposta egípcia, ressaltando que ela não demanda o deslocamento de cidadãos palestinos. Abbas, que ocupa o cargo desde 2005, citou sua disposição para realizar eleições presidenciais e parlamentares, caso as condições sejam favoráveis, e reafirmou que a AP é a única autoridade governamental e militar legítima nos territórios palestinos.
Em contraponto, o Ministério das Relações Exteriores de Israel criticou o resultado da cúpula árabe, alegando que não abordava as realidades no terreno após o ataque do Hamas em 7 de outubro. A declaração expressava insatisfação pelo fato de o ataque, que resultou em milhares de vítimas israelenses e centenas de sequestros, não ter sido mencionado e a falta de uma condenação expressa ao Hamas. Além disso, o Ministério reiterou seu apoio à proposta do presidente dos EUA, Donald Trump, que foi rejeitada pelos Estados árabes, sem a devida consideração.
Este novo plano de reconstrução do Egito representa uma nova estratégia diante das tensões políticas na região, buscando não apenas restaurar a infraestrutura, mas também promover um ambiente mais estável para os habitantes de Gaza. A comunidade internacional observa com interesse como essa proposta pode impactar o futuro dos palestinos e a dinâmica regional.
Ao longo dos anos, as tentativas de reconstrução em Gaza têm esbarrado em desafios significativos, e a necessidade de um plano sustentável é mais crítica do que nunca. Com o apoio de países árabes, como o Egito, espera-se que esse novo movimento traga esperança e promoção de paz na área.
Enquanto isso, a tensão entre Israel e os grupos palestinos permanece elevada, e o futuro da região ainda está envolto em incertezas. A interação entre os estados árabes e as lideranças palestinas será crucial para garantir que este plano não apenas se concretize, mas que também contribua para uma reconcilição duradoura.