Kim Yo Jong, irmã do líder norte-coreano Kim Jong Un, expressou críticas ao governo do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alegando que suas ações intensificaram as "provocações" contra a Coreia do Norte. Em um pronunciamento divulgado pela mídia estatal KCNA, Kim enfatizou que essas atitudes justificavam o aumento do poderio nuclear do país.
A declaração de Kim menciona a recente visita do porta-aviões USS Carl Vinson à Coreia do Sul, que ocorreu no último domingo. Segundo ela, essa ação é um exemplo da "política de confronto" dos Estados Unidos direcionada à Coreia do Norte. "Assim que a nova administração assumiu neste ano, os EUA aumentaram as provocações políticas e militares contra a RPDC, continuando a política hostil da administração anterior", dia Kim.
É importante notar que a sigla RPDC refere-se à República Popular Democrática da Coreia, nome oficial da Coreia do Norte. Kim Yoh Jong prosseguiu sua crítica afirmando que a atual política hostil dos EUA fornece uma justificativa adequada para a Coreia do Norte intensificar seus esforços em fortalecer seu arsenal nuclear.
Em resposta, o Ministério da Defesa da Coreia do Sul emitiu um comunicado condenando os comentários de Kim Yo Jong, caracterizando-os como um argumento enganoso para justificar o avanço do programa de mísseis nucleares da Coreia do Norte. O comunicado declarou que "as armas nucleares da Coreia do Norte não são aceitáveis, e a única forma de o país garantir sua sobrevivência é abandonar sua obsessão e ilusão sobre essas armas".
A visita do porta-aviões Carl Vinson, que é movido a energia nuclear, representa a primeira presença desse tipo de navio de guerra em um porto sul-coreano desde o início do segundo mandato de Trump. Segundo informações da Marinha sul-coreana, a atracação em Busan foi uma demonstração de força contra possíveis ameaças da Coreia do Norte.
Além disso, Kim Yo Jong criticou os bombardeiros estratégicos B-1B dos EUA que foram deslocados sobre a península coreana como parte de manobras conjuntas com os militares dos Estados Unidos e do Japão. Ela também expressou descontentamento com uma declaração feita por líderes dos três países durante uma recente conferência de segurança em Munique, que reforçava o apelo à desnuclearização da Coreia do Norte.
Vale lembrar que Donald Trump, durante seu primeiro mandato, promoveu cúpulas frequentes com Kim Jong Un, destacando seu relacionamento pessoal com o líder norte-coreano. O ex-presidente dos EUA afirmou que está disposto a retomar as conversas com Kim Jong Un novamente.