O universitário Igor Melo de Carvalho, de 31 anos, que foi baleado durante uma abordagem policial ao ser confundido com um assaltante, recebeu alta do CTI e agora está em uma enfermaria do Hospital Estadual Getúlio Vargas, localizado na Penha, Zona Norte do Rio. Michele Melo, irmã de Igor, visitou o estudante e revelou que ele ficou bastante emocionado ao ter uma conversa por telefone com seu filho de apenas 2 anos.
“Ele esteve em uma chamada de vídeo com o filho, Jonas. Se emocionou muito. Se Deus quiser, até o final de semana ele já deve estar em casa”, contou Michele, destacando a alegria da família nesse momento.
A esposa de Igor, Marina Moura, também compartilhou notícias positivas sobre a recuperação do estudante. Ela disse que ele “está se comunicando bem” e já mostra-se otimista em relação à sua alta. Igor expressou o desejo de deixar o hospital vestindo a camisa do Botafogo, time do coração dele. Além disso, Marina mencionou que já foram arrecadados R$ 38 mil por meio de uma vaquinha online, que visa ajudar a família com as despesas durante esse período difícil.
“Ele está falando normalmente desde a cirurgia. Conversamos muito ontem”, explicou Marina. Segundo ela, as notícias sobre a evolução da saúde de Igor são “maravilhosas”. Embora o estudante tivesse apresentado níveis elevados de CPK (creatinofosfoquinase) – uma enzima que pode indicar lesão muscular e ser tóxica para os rins – esses números diminuíram significativamente, o que é um sinal positivo.
“Hoje liberaram uma dieta líquida de prova, para que ele evolua na alimentação e comece a se reaproximar da normalidade”, continuou Marina, ressaltando a força do marido durante a recuperação.
O incidente que levou à hospitalização de Igor ocorreu na última segunda-feira, após ele deixar a festa Batuq, onde trabalha. Ele pediu uma moto por meio de aplicativo para ir para casa mais rapidamente. O motociclista Thiago Marques aceitou a corrida, com o destino sendo Turiaçu, onde Igor reside com sua esposa e filho.
Antes de chegarem ao local, Igor e Thiago foram abordados pelo policial militar da reserva Carlos Alberto de Jesus, que disparou contra a moto que eles estavam. O policial alegou que disparou porque, segundo sua esposa, Josilene da Silva Souza, teriam reconhecido um dos ocupantes da moto como um assaltante que havia roubado seu celular.
No segundo depoimento à 21ª DP (Bonsucesso), na terça-feira, Carlos Alberto justificou a ação, afirmando que viu “um homem de camisa amarela fazendo um movimento suspeito, girando o corpo como se estivesse se preparando para sacar uma arma” antes de atirar.
O caso gerou grande repercussão nas redes sociais e entre os moradores, que se mobilizaram em apoio à família de Igor. A situação não apenas suscitou debates sobre a violência policial, mas também sobre a necessidade de uma reforma na forma como as autoridades lidam com situações de segurança pública.
A família continua a solicitar apoio e oração pela recuperação total de Igor. Eles agradecem a todos que contribuíram na vaquinha, que tem sido essencial para cobrir os custos do tratamento e sustentar a família durante esse momento desafiador.
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