Evan Brodsky, um capitão de barco da Califórnia, fez uma captura impressionante de uma enorme quantidade de golfinhos saltando na costa da Baía de Monterey, no estado americano. O registro constata um fenômeno raro, já que a espécie golfinho-baleia-franca-do-norte costuma ser avistada em profundidades maiores, longe da costa. Essa informação foi divulgada pela agência de notícias AP.
Trabalhando como cinegrafista na empresa de passeios de barco Monterey Bay Whale Watch, Brodsky observou os golfinhos a aproximadamente 17 quilômetros do porto. Ele descreveu a mágica da cena ao afirmar: “Quando eles saltam, parecem sobrancelhas voadoras”, referindo-se à característica singular dessa espécie que não possui barbatana dorsal.
Para trazer um pouco de contexto à conversa sobre golfinhos, um caso peculiar aconteceu há cinco anos, quando um golfinho-roaz foi encontrado vagando só em uma região atípica para sua espécie, que costuma viver em grupos.
Denominado “Delle” pelos habitantes de Svendborgsund, na Dinamarca, esse golfinho solitário despertou a curiosidade dos cientistas da University of Southern Denmark (SDU). Entre dezembro de 2022 e fevereiro de 2023, esses pesquisadores realizaram um estudo aprofundado sobre o animal, até mesmo colocando um rastreador nele, cuja coleta de dados revelou algo surpreendente.
Cerca de 11 mil sons foram registrados, abrangendo assobios, tons baixos e pulsos rápidos. Esses pulsos que normalmente indicam agressividade mostraram um comportamento inédito, que poderia estar associado a uma “conversa interna”, sugerindo uma tentativa de suprir a necessidade de interação social proveniente da solidão.
Os cientistas salientam que este fenômeno é novo entre os golfinhos e continua sem explicações claras, tanto para humanos quanto para animais, e não há casos anteriores que possam ser usados como referência. Enquanto isso, o mistério sobre a comunicação dos golfinhos persiste.
Há aproximadamente 40 espécies conhecidas de golfinhos, com o famoso golfinho-roaz (ou golfinho-nariz-de-garrafa) sendo uma das mais reconhecidas. Dependendo da espécie, os nomes refletem características distintas. Por exemplo, o golfinho-nariz-de-garrafa é nomeado assim devido ao formato de seu bico.
Essas criaturas fascinantes possuem um sistema de ecolocalização altamente eficaz, que utilizam para caçar suas presas. Esse sonar natural permite que os golfinhos naveguem entre obstáculos e capturem suas refeições.
Como mamíferos, os golfinhos necessitam subir à superfície com frequência para respirar. Eles têm um orifício que funciona como uma válvula: abre quando emergem para captar oxigênio e se fecha quando mergulham novamente.
Um fato interessante sobre os golfinhos é que, enquanto dormem, apenas um lado do cérebro fica em repouso; o outro permanece ativo para garantir que respirem adequadamente e não se afoguem.
O tamanho dos golfinhos varia conforme a espécie, mas, geralmente, eles medem de 2 a 4 metros de comprimento e pesam entre 150 e 650 kg. Espécies menores, como o golfinho-do-rio, encontrado em cursos d'água como o Amazonas, têm de 1,5 a 2,5 metros de comprimento e pesam entre 50 e 120 kg.
A coloração dos golfinhos pode variar com a idade, localização e temperatura da água, e em regiões frias, o tom rosa nem sempre é mantido.
Famosos por sua sociabilidade, os golfinhos vivem em grupos e interagem frequentemente com outras espécies. Além disso, eles se mostram aptos a serem treinados para apresentações em parques aquáticos, como se pode ver em imagens de treinadores que guiam golfinhos em espetáculos.
Nas apresentações, os golfinhos podem até brincar com objetos, como bolas. Essas criaturas marinhas possuem uma impressionante capacidade de rapidez, nadando a velocidades que podem alcançar 40 km/h, e estão presentes em todos os oceanos e alguns rios.
Por outro lado, o boto da Amazônia é notoriamente mais lento, não costuma se exibir ao saltar, o que contrasta com a notável agilidade de outras variedades de golfinhos.
Os golfinhos são conhecidos por poder saltar a até 5 metros acima da superfície da água, e essa habilidade é frequentemente escolhida como uma atração em espetáculos aquáticos.
É também digno de nota que o golfinho-nariz-de-garrafa se tornou famoso como a espécie de Flipper, o golfinho da série de televisão que fez sucesso nos anos 1960 e teve um remake nos anos 1990. Vale lembrar que o golfinho que representou Flipper faleceu em 3 de maio de 1997.