O lutador Belal Muhammad, campeão da categoria meio-médio (até 77kg), gerou polêmica ao ter a bandeira da Palestina retirada durante a divulgação de sua luta contra Jack Della Maddalena no site oficial do UFC. A ausência de qualquer representação nacional no card do UFC 315 foi notada por muitos fãs, especialmente considerando que Muhammad é conhecido por sua forte conexão com suas raízes palestinas, apesar de ter nascido e sido criado em Chicago, nos Estados Unidos.
A herança palestina de Belal é uma parte central de sua identidade, e ele frequentemente exibe a bandeira do seu país de ancestralidade antes e depois de suas lutas. Além disso, o atleta tem se manifestado sobre o conflito que envolve Israel e a Palestina, um tema que, em algumas ocasiões, também foi utilizado de forma provocativa por Sean Strickland, seu rival no octógono.
Com a lista de lutadores para o evento UFC 315, os fãs rapidamente perceberam que entre os 16 atletas, Muhammad foi o único que não tinha uma bandeira exibida ao lado de seu nome. Notavelmente, nem mesmo a bandeira dos EUA estava incluída.
A situação chamou a atenção de diversos usuários da internet, gerando reações contundentes. Uma acadêmica, PhD em História pela Universidade de Cambridge, questionou: 'Por que Belal Muhammad, que orgulhosamente exibe sua bandeira palestina em suas lutas, é o único lutador sem uma bandeira associada a ele?'
Outro internauta, através da plataforma X (antigo Twitter), manifestou indignação: 'É hilário como o UFC se recusa a incluir a bandeira palestina de Belal, enquanto todos os outros lutadores têm suas representações!' Essa perspectiva foi apoiada por outros usuários que lembraram que a situação de Muhammad é incomum, especialmente porque outros lutadores de nacionalidades diferentes têm suas bandeiras exibidas.
Um exemplo citado foi o de Kron Gracie, lutador brasileiro que, embora tenha se mudado para os Estados Unidos ainda criança, orgulha-se de sua nacionalidade brasileira, tendo sua bandeira representada em sua ficha. O usuário Lucas Thomas destacou que a justificativa de que Muhammad não deveria ter uma bandeira, porque é americano, é insatisfatória por várias razões: 'Primeiramente, ele não tem nenhuma bandeira, não apenas por ser cidadão dos EUA. Em segundo lugar, a situação de Kron Gracie, que é brasileiro e tem a bandeira do Brasil, contraria essa lógica.'
A Palestina, reconhecida como um Estado na região do Oriente Médio, reivindica soberania over as áreas da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. No entanto, Israel não reconhece a Palestina como um Estado independente e tem justificado suas ações como parte da luta contra o Hamas, uma organização considerada terrorista pelos israelenses e que controla a Faixa de Gaza desde 2006.
A questão da representação da Palestina na arena internacional voltou a ser um tema controverso, especialmente à luz das recentes declarações do ex-presidente americano, Donald Trump, sobre a Faixa de Gaza. Trump já havia expressado seu interesse sobre a região anteriormente e, em suas declarações, afirmou que 'os EUA assumirão' o controle da área, propondo que 'as mesmas pessoas não deveriam estar encarregadas de reconstruir e ocupar a terra.'
A ausência da bandeira de Belal Muhammad não é apenas uma questão de visibilidade, mas acende debates sobre identidade, pertencimento e a maneira como questões políticas se entrelaçam com esportes. Ao se conectar profundamente com sua herança, Muhammad não apenas representa sua história familiar, mas também uma luta mais ampla por reconhecimento e direitos. O UFC, como plataforma global, terá que lidar com as consequências desta escolha e sua repercussão entre os fãs e a comunidade internacional.
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