A Ucrânia tem a possibilidade de se tornar um membro da União Europeia (UE) antes de 2030, conforme afirmado pela presidenta da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Durante uma coletiva de imprensa realizada em Kiev, na segunda-feira (24), von der Leyen destacou a importância das reformas que o país está implementando.
"Eu realmente aprecio a vontade política que existe. Eu diria até que o processo baseado no mérito da Ucrânia, se eles continuarem nessa velocidade e qualidade, talvez eles possam [se juntar] antes de 2030", declarou a presidente, reconhecendo o esforço do governo ucraniano em atender às exigências para a adesão.
Além disso, o presidente do Conselho da UE, Antonio Costa, enfatizou que a adesão à União Europeia seria um fator crucial para garantir a segurança futura do país. Costa considerou que a integração à UE não só fortaleceria a posição da Ucrânia no continente, mas também protegeiria os interesses nacionais em um cenário geopolítico cada vez mais complexo.
As reformas que a Ucrânia vem implementando têm o foco em melhorar a governança, combater a corrupção e promover o estado de direito, aspectos essenciais para o acolhimento na UE. O apoio contínuo dos aliados ocidentais, especialmente em um momento de desafios e tensões com a Rússia, tem sido um fator vital nesse processo.
Enquanto a Ucrânia avança em suas reformas, a postura da Comissão Europeia revela um otimismo cauteloso sobre a capacidade do país de atender a critérios rigorosos de adesão, incluindo a adoção de políticas econômicas e sociais alinhadas aos padrões da UE.
Os líderes europeus têm reiterado seu compromisso em apoiar a Ucrânia, especialmente na a reestruturação econômica e nas reformas necessárias para que o país possa se juntar ao bloco europeu. Em resposta, a Ucrânia se comprometeu a continuar seus esforços para facilitar essa integração.
O momento é crítico, considerando não apenas as reformas internas, mas também o cenário de segurança na região. A presença militar russa e os conflitos em andamento moldam o ambiente em que essas reformas estão sendo realizadas. Portanto, a vontade de se integrar à UE é vista como uma estratégia de segurança a longo prazo para o país.
A estrada para a adesão é longa, e muitos desafios permanecem. No entanto, a declaração de Ursula von der Leyen acende uma chama de esperança entre os cidadãos ucranianos, que almejam um futuro mais tranquilo e prospero na comunidade europeia.
É um passo significativo rumo à integração europeia e um testamento da determinação da Ucrânia em transformar sua realidade política e econômica, mesmo em tempos de adversidade. As declarações de líderes europeus podem fortalecer esse desejo e unir esforços para alcançar um objetivo comum.