No evento realizado no Rio Grande do Sul, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou a relevância do Sistema Único de Saúde (SUS) durante a pandemia de Covid-19, em meio à expectativa de uma possível mudança na liderança do Ministério da Saúde. Lula afirmou: "Se não fosse o Estado brasileiro, a Covid tinha matado muito mais gente do que matou graças ao SUS que foi tripudiado a vida inteira e que durante a Covid se recuperou."
O presidente proferiu essas palavras enquanto assinava um contrato para a ampliação da frota da Petrobras e Transpetro. Ele também foi enfático ao criticar a postura de antigos gestores, referindo-se à irresponsabilidade que, segundo ele, contribuiu para o alto número de mortes durante a crise sanitária: "É assim que acontecem as coisas na política quando você tem um inimigo de extrema direita, que não tem nenhum problema de ter sido responsável pela morte de metade dos 700 mil brasileiros que morreram por conta da Covid, por irresponsabilidade de jogar o povo contra a vacina, de vender remédio falso e de contar mentira todo santo dia na televisão."
A situação do Ministério da Saúde está sob análise à medida que a ministra Nísia Trindade é cotada para ser a primeira mudança no ministério por parte do presidente, iniciando sua reforma na Esplanada. A previsão é que Alexandre Padilha, atual ministro de Relações Institucionais, ocupe seu lugar. Padilha já tinha experiência na pasta, tendo comandado o Ministério da Saúde entre 2011 e 2014, na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff.
De acordo com informações obtidas, essa movimentação ocorre após uma pressão significativa de aliados de diferentes vertentes políticas, tanto da esquerda quanto do centrão, que solicitaram uma revisão na condução do ministério. Além do descontentamento com os resultados dos programas de saúde, questões de comunicação e articulação política também influenciaram na decisão pela troca de Nísia.