O artesão Eduardo Emanuel, de apenas 25 anos, se tornou um fenômeno nas redes sociais após anunciar a venda de cinco itens de sua linha de produção, destacando uma vela com o preço de R$ 400. Esta polêmica atraiu a atenção de muitos usuários, que compartilharam suas opiniões nas redes.
No vídeo que fez sucesso, denominado "Postando meus vídeos até viralizar", o artesão registrou centenas de milhares de visualizações e recebeu mais de mil comentários, refletindo tanto críticas quanto defesas sobre o valor do produto.
Um seguidor exprimiu sua indignação, afirmando: "R$ 400 em uma vela? Só pode ser brincadeira!". Outro internauta se queixou: "Por isso, ninguém quer comprar artesanato; olha os preços abusivos!".
Como resposta à repercussão, Eduardo decidiu publicar um novo vídeo explicando como chegou ao preço da vela, detalhando não apenas o custo dos materiais, mas também o tempo investido na fabricação. Ele declarou: "Falo sobre precificação sem medo nenhum. Sempre gostei de me posicionar muito bem para atingir meu público com tranquilidade".
As velas possuem uma rica história que remonta à Roma Antiga, por volta de 500 a.C., quando eram produzidas com sebo. Há também registros da utilização de outras fontes, como a gordura de baleia na China, próxima a 200 a.C. Inicialmente, o formato das velas era bem diferente do que conhecemos hoje; queimava-se um prato com gordura líquida animal e um pavio de fibra vegetal para gerar luz.
No Egito Antigo, as velas já apresentavam formato de bastão e eram associadas ao divino. Na Grécia, as velas eram utilizadas em honras à deusa Artemis, o que inspirou a tradição de colocar velas em bolos de aniversário como forma de celebrar essa conexão.
Durante a Idade Média, as celebrações ligadas a velas passaram por adaptações relacionadas ao Cristianismo. Com o passar dos anos, a vela se transformou na representação da "luz da vida", marcando o ato de apagar as velas como símbolo de suas conotações espirituais.
Nesse período, as velas começaram a ser utilizadas em igrejas e monasterios, e a fabricação se expandiu pela Europa, onde artesãos passaram a produzir velas em maior escala, usando principalmente sebo, além de cera de abelha.
Apenas a nobreza tinha acesso às velas de qualidade, que eram utilizadas em candelabros luxuosos e em teatros. A mudança na composição das velas, com o uso de cera na Inglaterra, contribuiu para sua popularização. Avanços na fabricação resultaram em chamas maiores e mais duradouras.
Um marco na história das velas ocorreu em 1811, quando o químico francês Michel Eugène Chevreul introduziu a estearina, que revolucionou a fabricação devido ao seu brilho e durabilidade superiores. Além disso, o pavio passou a ser aprimorado, atingindo o formato atual.
No século XX, a introdução da parafina, um subproduto do petróleo, diversificou ainda mais as opções de fabricação de velas.
Inicialmente criadas para fornecer luz, as velas têm adquirido novas funções ao longo da evolução humana, especialmente após a invenção da lâmpada elétrica. Hoje, elas são utilizadas em diversos rituais religiosos, incluindo o catolicismo, religiões de matriz africana e na doutrina espírita.
Além disso, muitas correntes esotéricas utilizam velas como fonte de energia e ferramentas terapêuticas, associando-as a práticas de purificação. No ambiente doméstico, o uso de velas para decoração é comum e pode variar em estilos, aromas e formas, dependendo da atmosfera que se deseja criar.
A controvérsia em torno do preço da vela de Eduardo Emanuel já gerou uma discussão ampla sobre o valor do artesanato e os custos associados à produção de itens manuais. Ao mesmo tempo, levanta questões sobre a percepção do público em relação ao valor do trabalho artesanal e sua valorização no mercado contemporâneo.
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