O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, completou um mês à frente do governo nesta quinta-feira (20). Um dos aspectos mais notáveis de seu segundo mandato é a ênfase na política "America First", que prioriza os interesses americanos em áreas como economia, política e relações internacionais.
Desde sua posse em 20 de janeiro, Trump tem promovido mudanças substanciais através da assinatura de decretos, revogando diversas medidas implementadas por seu predecessor, Joe Biden, no primeiro dia de seu governo. Uma declaração controversa de Trump sugere que a Ucrânia não deveria ter "iniciado" a guerra com a Rússia, refletindo sua abordagem ofensiva em relação à política externa.
Na área de imigração, o novo governo está intensificando esforços para deportar imigrantes indocumentados, utilizando aviões militares para essas operações. De acordo com a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, o México recebeu cerca de 11 mil deportados desde a posse de Trump. Em janeiro, aproximadamente 29 mil imigrantes irregulares foram detidos na fronteira entre os EUA e o México. Essa política de deportação em massa teve repercussões diplomáticas significativas, gerando tensões com líderes de países como Colômbia e Venezuela.
Além disso, 199 brasileiros foram deportados dos EUA apenas no primeiro mês de governo, incluindo um voo com 111 deportações que está previsto para chegar ao Brasil nesta sexta-feira (21). Os relatos da chegada desses deportados incluem preocupações com abusos e condições inadequadas durante o processo.
As medidas comerciais de Trump também geraram amplo debate. Ele anunciou tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio, o que teve impactos imediatos e globais. Em relação à China, uma tarifa de 10% foi imposta a todos os produtos chineses que entrarem nos EUA, levantando temores sobre uma possível guerra comercial. A China, por sua vez, criticou os "choques tarifários", alertando que isso poderia desestabilizar o comércio internacional e provocar uma recessão global.
Trump também planeja tarifas recíprocas contra países que aplicam impostos sobre produtos americanos, com um funcionário da Casa Branca confirmando que as novas regras darão um tempo para discussões sobre acordos comerciais.
Buscando cortar gastos e alterar políticas anteriores, a administração Trump promoveu a demissão de milhares de funcionários, principalmente através de ofertas de demissões voluntárias que resultaram na adesão de 77 mil trabalhadores. Além disso, Trump ordenou o fechamento da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID), que ajudava a combater a pobreza e assistia em situações de emergência.
No âmbito do novo departamento criado, o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), liderado por Elon Musk, medidas de demissão e suspensão de funcionários têm sido executadas, embora os detalhes sobre a função do DOGE ainda não sejam claros.
Trump também se mostrou ativo nas negociações sobre a guerra entre Israel e Hamas, articulando um acordo que foi estabelecido antes de sua posse. Contudo, sua proposta para os palestinos, que inclui a transferência para países vizinhos e o controle americano na Gaza, foi rejeitada por líderes internacionais.
Em relação ao conflito na Ucrânia, Trump começou a dialogar com os presidentes da Rússia e da Ucrânia visando um acordo de paz. No entanto, a falta de envolvimento ucraniano nas negociações gerou preocupação, especialmente entre líderes europeus que estão monitorando a aproximação entre os EUA e a Rússia.
Neste primeiro mês, o governo Trump também suspendeu a participação dos EUA na Organização Mundial da Saúde (OMS) e no Conselho de Direitos Humanos da ONU, além de realizar mudanças geográficas, como rebatizar o Golfo do México.
As decisões polêmicas de Trump não apenas refletem uma orientação interna, mas também têm potencial para influenciar aliados internacionais. Por exemplo, a Argentina, sob influência de um governo que apoia Trump, também decidiu suspender sua participação na OMS.
As primeiras semanas do governo Trump foram marcadas por uma série de decisões incisivas que moldaram suas políticas e a dinâmica global. O futuro do seu governo ainda será um tema de intenso debate e análise à medida que avançam as repercussões de suas ações.
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