Crescimento de acidentes aéreos e segurança dos voos
Dados recentes do National Transportation Safety Board (NTSB) revelam que o mês de janeiro apresentou uma redução no número de acidentes aéreos nos Estados Unidos, apesar da percepção de que viajar de avião pode estar se tornando mais arriscado. Um exemplo disso é o aterrissagem forçada do voo 4819 da Delta Air Lines em Toronto, no dia 17 de janeiro, que chamou a atenção pública após a colisão entre um avião da American Airlines e um helicóptero do Exército dos EUA, resultando em 67 fatalidades.
Embora esses eventos sejam preocupantes, as estatísticas oferecem uma perspectiva diferente. Segundo os dados preliminares do NTSB, o total de acidentes aéreos em janeiro foi de 62, sendo a maioria dos incidentes envolvendo voos privados. Esse número representa uma queda de 18 acidentes em relação aos 80 registrados no mesmo mês do ano anterior. Se essa tendência continuar, janeiro de 2025 poderá ser reconhecido como o mês com o menor número de acidentes na história, superando o recorde anterior de 70, que ocorreu em 2012.
Historicamente, apenas 10 dos acidentes registrados em janeiro de 2025 foram fatais, incluindo um caso envolvendo um avião comercial, destacando-se como um número extremamente baixo. O mês passado empatou com 2022 para se tornar o janeiro mais seguro já documentado, com menos fatalidades nos voos comerciais nos últimos 15 anos do que em qualquer outro ciclo dessa duração.
A indústria aérea reiterou que, em termos de segurança, aviação comercial tem uma taxa de segurança muito superior em comparação aos veículos terrestres. Esse padrão de segurança se estende para viagens aéreas privadas e comerciais em uma tendência de queda de acidentes nos últimos 12 anos, com registros históricos mostrando que apenas três anos desde 1982 tiveram menos de 300 acidentes fatais.
A melhoria é notável, considerando que, em 1982 e 1983, ocorreram mais de 600 acidentes fatais. Outro aspecto que chama atenção em janeiro de 2025, assim como no ocorrido em Toronto, é a predominância de aviões comerciais na lista de incidentes, uma vez que a maioria dos acidentes envolve pequenos aviões privados — que frequentemente não recebem ampla cobertura na mídia.
Em contrapartida, viajar em pequenas aeronaves particulares é comprovadamente menos seguro. Em 2023, foram registradas 23 incursões na pista, consideradas incidentes graves, marcando o maior número de ocorrências desse tipo na última década. No entanto, no ano seguinte, o total de incursões sérias caiu para apenas sete, indicando uma significativa melhora. Em 2024, apenas dois casos de quase colisões severas foram registrados, o menor número observado na última década.
Assim, mesmo que os dados mostrem que nenhuma forma de transporte é 100% segura, eles ressaltam a importância de se manter vigilante e asseguram que, em geral, as viagens aéreas continuam cada vez mais seguras. Os passageiros devem sempre estar cientes e informados sobre a segurança das viagens, mas as estatísticas atuais transmitem uma mensagem otimista sobre a evolução da segurança na aviação.
