Marília Dalprá, uma médica de 67 anos, foi a vítima de um assalto violento enquanto corria na madrugada de sábado (15) na Zona Oeste de São Paulo. Durante o ataque, ela sofreu fraturas em uma vértebra e em uma costela, além de uma contusão pulmonar. A médica precisou ficar internada por um período na UTI, mas foi liberada no dia 17.
A médica, que sempre manteve uma rotina de correr nas primeiras horas da manhã por mais de 15 anos, se sentiu extremamente assustada com a criminalidade na cidade. "Todo mundo está sofrendo com essa insegurança absurda", declarou, enfatizando como a situação a impactou emocionalmente.
Marília foi abordada por dois criminosos em uma moto por volta das 4h48. Mesmo sem nenhum pertence de valor, um dos assaltantes tentou arrancar sua aliança com mordidas. O que começou como uma tentativa de roubo se transformou em um ataque brutal, onde ela foi chutada e agredida.
"Não tenho mais coragem de correr nesse horário... Terei que mudar meu ritmo de vida porque agora eu tenho medo", relatou a médica, enfatizando a necessidade de adotar novos hábitos para garantir sua segurança.
Durante a agressão, Marília descreveu o momento de desespero: "Ele tentou tirar a aliança a dentadas, mordeu toda a minha mão, mas não conseguiu. Quando viu que não conseguiu, o outro que estava na moto me derrubou e me deu vários chutes". A violência dos criminosos a deixou em estado de choque, e ela se vê forçada a repensar sua rotina.
A médica lamenta a alta criminalidade que assola a cidade e afirma que as imagens do incidente devem servir como um alerta para o poder público sobre a necessidade de melhorias na segurança. "Eu espero que haja um policiamento mais estruturado para todos, porque todos estão sofrendo com essa insegurança absurda", pediu.
Após o ataque, um dos criminosos foi detido. Shymada Freitas Rocha, de 23 anos, foi identificado como o piloto da moto e, segundo a polícia, ele também está sob investigação por um assalto a uma igreja no dia seguinte. O delegado Fernando César de Souza informou que o suspeito admitiu estar sob efeito de drogas durante a agressão à médica.
Shymada já tinha um histórico criminal. Em 2023, ele foi condenado por roubo, mas cumpria pena em regime aberto. Ao lado de um comparsa, ele foi pego em flagrante ao assaltar uma farmácia, onde fez uma funcionária refém, colocando uma arma em seu pescoço.
A segurança em São Paulo é um tema que aflige muitos cidadãos, principalmente em tempos de aumento na violência. Marília agora fará suas corridas apenas durante o dia, como uma forma de se sentir mais segura. Essa decisão reflete a experiência angustiante que viveu e a realidade de muitos que enfrentam situações semelhantes na cidade.
Essa história é um lembrete alarmante de que a segurança pública deve ser uma prioridade e de que todos precisamos estar atentos às nossas rotinas para garantir nossa integridade física. Compartilhe suas experiências e opiniões sobre a segurança em sua cidade nos comentários abaixo. Como você se sente em relação aos recentes índices de violência?