A Bolívia, um dos países mais fascinantes da América do Sul, celebram sua independência em 6 de agosto de 1825. Anteriormente colonizada pela Espanha, a nação é profunda fonte da cultura Inca, com diversas atrações que despertam a curiosidade e admiração dos visitantes.
O Estado Plurinacional da Bolívia faz limite com o Brasil a norte e a leste, com Paraguai e Argentina ao sul, e com Chile e Peru a oeste. Antes da conquista, essa região fazia parte do vasto Império Inca, o mais extenso da era pré-colombiana.
A invasão espanhola na região teve início no século XVI, e por muitos anos, esse território foi conhecido como Alto Peru ou Charcas, administrado pelo Vice-Reino do Peru que abrangia grande parte das colônias espanholas na América do Sul.
Após um longo período de conflitos e lutas pela liberdade que duraram dezesseis anos, a Bolívia finalmente se tornou uma república, sob a liderança de Simón Bolívar, no dia 6 de agosto de 1825. Desde então, a nação tem enfrentado desafios como instabilidade política, ditaduras e crises econômicas.
Dividida em nove departamentos, a Bolívia é uma república democrática com uma geografia diversificada. O país é composto por duas regiões principais: o altiplano, ao oeste, e as extensas planícies do leste, que incluem a bacia Amazônica ao norte e o Chaco boliviano no sul.
Entre suas atividades econômicas mais relevantes, destacam-se a agricultura, silvicultura, pesca e mineração, sendo rica em minerais, especialmente o estanho. A produção local também inclui têxteis, vestuário e petróleo refinado.
A Bolívia abriga uma população estimada em 10 milhões de pessoas, formada por uma rica diversidade étnica com ameríndios, mestiços, europeus, asiáticos e africanos. O espanhol é a língua mais falada, porém, idiomas como o aimará e quíchua são amplamente utilizados, além de outras 34 línguas indígenas que possuem status oficial.
O território boliviano possui uma história que remonta a mais de 12 mil anos. Várias culturas se desenvolveram na região, especialmente ao longo dos Andes, como a cultura Tiwanaku e os reinos aymaras, que foram posteriormente incorporados ao Império Inca no século XIII.
A conquista do império Inca pelos espanhóis ocorreu entre 1524 e 1533, culminando com a declaração de independência em 6 de agosto de 1825. No ano seguinte, Simón Bolívar concedeu ao país a sua primeira constituição, aprovada em Chuquisaca.
A cultura Tiwanaku se originou em torno de um centro cerimonial próximo ao lago Titicaca, e a influência Inca se expandiu no século XV, logo antes do advento dos conquistadores espanhóis.
A Bolívia é um Estado secular que respeita a liberdade religiosa. De acordo com a Constituição, "O Estado respeita e garante a liberdade de religião e de crenças espirituais, em consonância com sua visão de mundo. O Estado é independente da religião".
Um dos principais atrativos turísticos do país é o sítio arqueológico de Tiahuanaco, que recebe visitantes internacionais e está localizado em La Paz. Este local é considerado a capital arqueológica da Bolívia.
Outra região de destaque é El Sol de Mañana, uma área geotérmica rica em atividade vulcânica local, situada no município de San Pablo de Lípez, no departamento de Potosí.
O lago Titicaca, que se localiza na fronteira entre a Bolívia e o Peru, representa um dos maiores lagos da América do Sul e também é o corpo hídrico navegável mais alto do mundo. Atraindo turistas, suas águas abrigam várias ruínas que rememoram a origem dos incas.
O Palacio Quemado, a sede do governo da Bolívia, encontra-se na Praça Murillo, em La Paz, e é um edifício histórico que remete a uma revolta do século XIX, durante a qual o palácio foi incendiado.
Outra maravilha natural é o Salar de Uyuni, o maior deserto de sal do mundo, que remonta a um lago pré-histórico que se evaporou, criando uma vasta área de 11.000 km² coberta por sal branco e formações rochosas.
A Basílica Nossa Senhora de Copacabana, localizada na cidade de Copacabana, abriga a imagem da santa padroeira do país e foi construída em estilo renascentista em 1550, passando por diversas reconstruções.
A Laguna Verde, situada na Reserva Nacional de Fauna Andina Eduardo Abaroa, apresenta uma impressionante cor verde esmeralda devido ao alto teor mineral de suas águas.
A Isla del Sol, considerada sagrada pelos Incas, é acessível a partir da cidade de Copacabana e possui uma área de 14,3 km², sendo um local de grande significância histórica.
A Igreja e Convento de São Francisco, localizada na Plaza de San Francisco, em La Paz, é um dos principais monumentos coloniais da cidade, datando do século XVIII.
A Diablada, uma típica dança boliviana originária de Oruro, nas festividades do Carnaval, combina máscaras demoníacas e elementos teatrais, representando um rico legado cultural.
A Amazônia Boliviana, que ocupa uma parte significativa do território, contrasta com a cordilheira dos Andes, destacando-se como uma das principais regiões ecológicas do país.
O Projeto Multiuso Misicuni, por sua vez, desvia água do Rio Misicuni para o Vale de Cochabamba, além de ser associado a uma central hidrelétrica, demonstrando a diversidade de iniciativas na região.
O Nevado Sajama, o ponto mais elevado da Bolívia, chega a 6.550 metros de altitude e é um estratovulcão extinto, destacando-se entre os picos da Cordilheira dos Andes.
Com uma biodiversidade ímpar, o Parque Nacional Amboró é uma importante área protegida na Bolívia, merced à sua rica fauna e flora, situada ao oeste do departamento de Santa Cruz.