O litoral de São Paulo, famoso por suas lindas praias e paisagens naturais, também é palco de uma rica história marcada por naufrágios. Essas antigas embarcações, que descansam no fundo do mar, atraem turistas e mergulhadores em busca de aventura e exploração. Muitas dessas relíquias estão localizadas em Ilhabela, um arquipélago com várias ilhas e um destino popular para atividades de mergulho.
Além de Ilhabela, a cidade de Santos também abriga naufrágios, pois está situada na rota de navegação que conecta os principais portos do Brasil. Esses naufrágios, que variam de profundidades entre 2 e 55 metros, incluem embarcações históricas, como o conhecido transatlântico espanhol Príncipe das Astúrias. A seguir, vamos explorar oito dos maiores naufrágios encontrados no litoral paulista.
O Príncipe das Astúrias, um transatlântico espanhol, afundou em 6 de março de 1916, devido a condições climáticas adversas em Ilhabela. Com 150 metros de comprimento, se destacou por sua estrutura de aço e propulsão a vapor. O naufrágio foi amplamente noticiado na época, sendo apelidado de Titanic Brasileiro. As correntes marítimas tornam o local desafiador para mergulho, com uma visibilidade média de apenas 1,5 metro.
A naufrágio apresenta um fundo marinho irregular, e diversões explosões realizadas por exploradores ao longo dos anos deixaram fragmentos da embarcação espalhados. Grande parte do navio está desmantelada, situando-se entre 15 e 35 metros de profundidade. A popa e a meia-nau ainda repousam sobre a areia, mas as caldeiras se soltaram, caindo no fundo.
O naufrágio Moreia, ocorrido em Santos, foi o primeiro naufrágio artificial do Brasil, criado em 1990 para atrair mergulhadores. Este navio pesqueiro de ferro tinha 15 metros de comprimento e não é tão extenso quanto outros naufrágios listados. Entretanto, é interessante devido à sua construção intencional.
O Moreia se encontra entre 18 e 22 metros de profundidade e já está em processo de desmantelamento. Peixes como garoupas e meros habitam seu interior, enquanto cardumes nadam em torno do casco submerso.
O Hathor, um cargueiro inglês de 104 metros, naufragou em 24 de março de 1909, também em Ilhabela, devido ao mau tempo. Seus destroços estão espalhados em diversas profundidades: partes como âncoras e correntes ficam a cerca de seis metros, enquanto a caldeira de três metros de altura encontra-se a 16 metros de profundidade.
O Dart, outro cargueiro inglês, que media 105 metros, afundou em 11 de setembro de 1884 em Ilhabela. Seu casco já foi completamente desmantelado, com a maioria das partes se encontrando a entre sete e 12 metros de profundidade.
O São Janeco era um cargueiro inglês menor, com 80 metros, que naufragou em 3 de dezembro de 1929 também por causa de mau tempo. Seus destroços se estendem de seis a 15 metros de profundidade.
O Therezina era um cargueiro brasileiro de 97 metros, que afundou em 2 de fevereiro de 1919, após um período em que sua estrutura foi se desmantelando. As partes restarem ainda visíveis incluem hélices, correntes e guinchos, localizados entre cinco e 12 metros de profundidade.
O Velasquez, um transatlântico inglês de 153 metros, naufragou em 17 de outubro de 1908 também em Ilhabela. Seus destroços estão dispostos a uma profundidade que varia entre cinco metros, onde se encontra a âncora, e 20 metros, onde estão alguns fragmentos da hélice.
O Concar, um cargueiro espanhol que naufragou em 29 de outubro de 1959, encalhou em Ponta de Pirassununga, em Ilhabela. Após um temporal, o navio se partiu em três, com os destroços se distribuindo entre três e 14 metros de profundidade.
Os naufrágios não são apenas testemunhos da história marítima, mas também são ecos de vidas que passaram por ali. Mergulhar nessas embarcações é uma experiência fascinante, ligada ao passado e ao presente. Se você está em busca de uma aventura e quer descobrir mais sobre esses grandes barcos, que tal planejar uma visita a Ilhabela? Deixe seus comentários e compartilhe suas experiências de mergulho conosco!