O crescente número de detritos espaciais em órbita representa um risco significativo para a aviação, pois as colisões com aeronaves podem se tornar um problema a ser considerado, mesmo para voos menos complexos. Embora até agora não tenha havido registros de incidentes, os especialistas estão alarmados com a tendência crescente do perigo.
Um estudo realizado pela Universidade da Colúmbia Britânica (British Columbia) analisou o tráfego aéreo global em relação às trajetórias de reentrada de restos espaciais descontrolados. Para áreas próximas a grandes aeroportos, a probabilidade de ocorrer um evento desse tipo foi estimada em 0,8% ao ano. Contudo, em regiões com grande concentração de voos, como no nordeste dos Estados Unidos e no norte da Europa, essa chance sobe para assustadores 26% anualmente.
A situação é agravada pelo número crescente de lançamentos espaciais, que variam desde satélites tradicionais até megaconstelações, como a Starlink, além de estágios de foguetes descartados. Com a multiplicação de objetos em órbita, a possibilidade de reentradas não controladas que podem representar riscos para a aviação comercial também aumenta.
Além do impacto ambiental causado por esses detritos, que pode interferir em observações astronômicas e contribuir para a destruição da camada de ozônio, os riscos diretos à aviação são preocupantes.
Até mesmo fragmentos pequenos, com apenas 1 grama, possuem o potencial de causar danos significativos ao atingir um para-brisa ou motor de uma aeronave em voo. A velocidade com que esses detritos se deslocam pode resultar em consequências graves.
Um desafio adicional que os controladores de tráfego aéreo enfrentam é a imprecisão das previsões de reentradas de detritos. Isso leva à necessidade de fechamento temporário de grandes áreas do espaço aéreo por precaução, o que gera atrasos e dificuldades para passageiros e companhias aéreas.
O número de lançamentos de foguetes está aumentando a cada ano, e especialistas ressaltam que é essencial adotar medidas preventivas para mitigar esse risco antes que um incidente sério ocorra. A realização de monitoramento mais eficaz e o desenvolvimento de protocolos de resposta podem ajudar a proteger a aviação.
Os desafios apresentados pelos detritos espaciais não são apenas uma questão de segurança da aviação, mas também um reflexo das novas realidades do uso do espaço. Com a competitividade das tecnologias espaciais em ascensão, as autoridades e as empresas devem trabalhar em conjunto para enfrentar essa crescente ameaça e garantir a segurança dos voos comerciais.
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