A Justiça do Paraná decidiu que o ex-policial penal Jorge Guaranho, que foi condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato do tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) em Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda, poderá cumprir sua pena em regime domiciliar. Essa autorização foi emitida um dia após a condenação, na sexta-feira, 14.
Após sua condenação, Guaranho inicialmente foi levado ao Complexo Médico Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Contudo, a defesa do ex-policial solicitou que ele fosse colocado em prisão domiciliar, argumentando que o cliente necessitava de cuidados médicos devido a sequelas resultantes do tiroteio que causou a morte de Arruda.
A defesa apresentou à Justiça que Guaranho foi alvo de 09 disparos de arma de fogo e sofreu severos espancamentos, que resultaram em uma fratura completa da mandíbula, perda total de dentes e danos significativos à sua massa óssea. O desembargador Gamaliel Seme Scaff, ao conceder a decisão, declarou que Guaranho “continua muito debilitado e com dificuldade para se deslocar em razão da enfermidade e das lesões que o acometem”.
Diante da gravidade da situação de saúde do ex-policial, a Justiça considerou que ele “não colocará em risco a sociedade ou o cumprimento da lei penal”, permitindo assim a prisão domiciliar. Apesar dessa decisão, Guaranho deverá comparecer periodicamente ao juízo e está proibido de deixar sua residência, exceto para tratamento médico. Ele também está sob proibição de estabelecer contato com qualquer pessoa ou testemunha relacionada ao caso e não pode deixar a Comarca de Curitiba.
O crime que resultou nesta condenação ocorreu em 9 de julho de 2022, quando Marcelo Aloizio de Arruda, então com 50 anos, foi assassinado durante sua festa de aniversário, que tinha como tema o presidente Lula e o PT. Durante o tumulto, Arruda chegou a trocar tiros com Guaranho, sendo socorrido em seguida, mas não sobreviveu aos ferimentos.