A Polícia Civil de Osasco, na Grande São Paulo, prendeu nesta sexta-feira (14) Marina Rodrigues de Lima, proprietária e diretora de uma creche particular. A ação foi resultado de um vídeo que mostrou a diretora agredindo um menino de apenas dois anos, dando tapas em seu rosto durante o horário do lanche. As imagens do incidente ganharam grande repercussão nas redes sociais, levando a Justiça a determinar a prisão temporária da diretora na quarta-feira (12), quando ela já era considerada foragida.
O episódio ocorreu na Escola de Educação Infantil Alegria de Saber, onde Marina é investigada por maus-tratos, lesão corporal, além de submeter a criança a vexame e tortura. A prisão se deu em Ibiúna, cidade próxima a Osasco, após a operação da polícia.
Ingrid Oliveira, uma ex-funcionária da creche que decidiu gravar as agressões de forma clandestina a partir de 29 de janeiro, relatou que começou a perceber diversas atitudes inadequadas da diretora. Segundo ela, as ações violentas não eram isoladas e levantaram preocupações sobre o tratamento dado a outras crianças. “Eu comecei a perceber umas coisas que estavam acontecendo lá e comecei a gravar. Não acho certo. Se fosse com a minha filha, eu queria que alguém me contasse, e foi isso o que eu fiz”, afirmou Ingrid.
Além disso, a mãe de um dos meninos, Larissa Soares, notou mudanças preocupantes no comportamento de seu filho, que frequenta a creche há sete meses. Ela comentou sobre as marcas que encontrou no corpo da criança, como arranhões e manchas roxas, e como seu filho replicava comportamentos vistas na escola. “As coisas que ela fazia com ele, ele replicava em casa com a gente”.
Após as burlas às normas de convivência escolar se tornarem públicas, o Conselho Tutelar esteve na instituição para averiguar a situação e iniciaram um inquérito policial no 8° Distrito Policial de Osasco. O inquérito visa investigar a denúncia de maus-tratos contra crianças com idade entre dois e três anos, que teriam ocorrido na creche.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que foram requisitados exames de corpo de delito para as crianças envolvidas e que outras medidas foram tomadas para esclarecer os fatos. A ocorrência foi registrada sob as acusações de maus-tratos, lesão corporal e tortura, destacando a gravidade das denúncias.
Até o momento, não foi possível localizar a defesa de Marina Rodrigues de Lima para comentar sobre as acusações e os acontecimentos que culminaram em sua prisão. O caso continua a ser monitorado pelas autoridades competentes, que buscam assegurar que todas as medidas necessárias sejam tomadas para proteger as crianças.
Enquanto isso, a comunidade de Osasco aguarda por mais informações e desdobramentos que continuam a surgir, enquanto as gravações das agressões seguem circulando nas redes sociais.
A situação na creche de Osasco levanta importantes questões sobre a segurança e o bem-estar das crianças em instituições de ensino. A sociedade e as autoridades devem permanecer atentas a casos de abuso, para garantir que as crianças possam crescer em ambientes seguros e livres de violência. É fundamental promover a denúncia de abusos e investir em mecanismos que protejam os direitos dos menores.
Se você tem opiniões ou informações sobre este caso, não hesite em compartilhar suas ideias e comentários sobre essa grave situação.