O técnico Pedro Caixinha tem lidado com diversos desafios em sua jornada no Santos, especialmente a pressão do calendário apertado e a falta de ritmo de jogadores fundamentais para seu esquema. Desde o início de 2025, o Peixe enfrenta dificuldades para implementar os conceitos de jogo que o treinador considera essenciais.
A temporada começou em 3 de janeiro e, apenas duas semanas depois, o Santos fez sua estreia no Campeonato Paulista contra o Mirassol. Desde então, o time não teve uma semana completa para treinar, impactando diretamente no desenvolvimento da equipe.
Durante esse período, Pedro Caixinha tem priorizado a recuperação dos atletas e treinamentos específicos para corrigir erros coletivos. Ele busca implantar quatro pilares que fundamentam sua filosofia de jogo:
Entretanto, a falta de um treinamento coletivo robusto tem criado barreiras para o sucesso do Santos. Os treinos são frequentemente divididos entre ataque e defesa, o que limita a prática conjunta de jogadas e táticas. Após a derrota para o Corinthians, Caixinha ressaltou a dificuldade de ter apenas Neymar participando efetivamente de um treinamento completo com todo o elenco:
“Desde que começamos o campeonato, tivemos poucos treinos efetivos. Temos que ter essa preocupação. É a nossa ocupação, o que podemos controlar tendo em conta todo aquilo que é a realidade do elenco.”
Um dos principais desafios enfrentados é a falta de ritmo de certos jogadores, especialmente Neymar, que chegou ao Santos após um longo hiato sem competições e ainda não conseguiu completar uma partida de 90 minutos. O jogador expressou a necessidade de mais alguns jogos para atingir sua melhor forma física.
Outro jogador que enfrenta dificuldades similares é Tiquinho Soares. Depois de encerrar a temporada anterior na Copa Intercontinental, ele retornou das férias sem ter participado da pré-temporada do Santos, o que o impede de ter um desempenho consistente em jogos. Sua atuação tem variado, com destaque para um bom desempenho contra o São Paulo, seguido por quedas de rendimento nas partidas subsequentes.
“Vamos analisar dois jogadores que vão nos dar muito, mas no momento que estão vivendo pelo ritmo competitivo. O Tiquinho tem caído do jogo do São Paulo para cá porque tem tido uma grande sobrecarga. O Neymar tem que ser cuidado no seu próprio ritmo. Dentro do grupo de trabalho existem desequilíbrios em termos de ritmo de jogo e de determinadas áreas individualmente,”
outras questões surgiram com o meia Thaciano, que se juntou ao Santos sem estar nas melhores condições. Após a lesão de Soteldo, Thaciano foi forçado a entrar em campo e acabou sendo substituído na primeira etapa do clássico contra o Palmeiras devido a uma inflamação na coxa. Ele ficou fora de três jogos, mas agora tenta recuperar seu ritmo.
Adicionalmente, tanto Neymar quanto Thaciano atuam na posição de meio-campistas, uma área que Pedro Caixinha identificou como a mais vulnerável do time. Além deles, o treinador conta com Tomás Rincón, Diego Pituca, João Schmidt e Gabriel Bontempo, mas a necessidade de reforços para o meio-campo é evidente.
A situação é ainda mais delicada ao considerar que o Santos está próximo de acertar com o volante Zé Rafael, que está em recuperação de uma cirurgia na coluna. Outros alvos incluem Thiago Maia, atualmente no Internacional, e Rodrigo Villagra, do River Plate, ambos considerados reforços valiosos para o setor.
Pedro Caixinha busca alternativas, mas a falta de ritmo e a necessidade de mais tempo em campo para os principais jogadores da equipe estão dificultando a trajetória do Santos no Campeonato Paulista. O desempenho dos atletas e a qualidade do treinamento serão determinantes para o sucesso do alvinegro na temporada.
Para os torcedores e amantes do Santos, os próximos jogos serão cruciais para ver como o time poderá evoluir em meio aos desafios impostos. Interagir e debater as expectativas para o futuro da equipe é fundamental. O que você acha que precisa mudar para o Santos ter sucesso?