Deise de Moura dos Anjos, suspeita de envolvimento em homicídios, deixou uma "carta de despedida" escrita em uma blusa antes de cometer suicídio. Seu corpo foi encontrado na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba. O estado da blusa, com parte rasgada, dificultou a leitura completa da mensagem, mas o conteúdo geral é compreensível. A confirmação dessa informação foi feita pelo chefe de polícia, Fernando Sodré, e divulgada pelo repórter João Pedro Tavares do Porto Alegre 24h.
Na carta, Deise expressou seu desespero: "Eu não sou assassina! Só sou um ser humano fraco e com depressão por tanto sofrer na vida e pagar pelos erros e ingratidão". Esta declaração reflete o estado emocional dela diante das acusações e da situação em que se encontrava.
A mulher é suspeita de ter envenenado três membros da família do marido com um bolo que continha arsênio, consumido na véspera de Natal. Ela foi detida temporariamente no dia 5 de janeiro por essas acusações. A investigação da polícia também considera a possibilidade de que Deise tenha sido responsável pela morte do sogro, Paulo Luiz dos Anjos, que faleceu em setembro, após ingerir bananas e leite em pó que lhe foram levados pela nora.
Um dia antes de sua morte, Deise recebeu um pedido de divórcio, um fato que aumentou sua angustia psicológica. Essa informação foi discutida em uma coletiva de imprensa realizada pelos advogados da família, Dr. Matheus Trindade e Dra. Fernanda Grivot, junto ao defensor de Deise, Dr. Cassyus Pontes. Durante a coletiva, Dr. Matheus revelou que um representante do marido de Deise tinha visitado a penitenciária na quarta-feira (12) para entregar o pedido de divórcio, e Deise teria comentado que não era necessário retornar, pois ela não suportaria viver.
Diante da gravidade da situação, Dr. Matheus Trindade informou a família sobre a declaração de Deise. O advogado explicou que, embora tentassem comunicar o que havia ocorrido à instituição prisional, só conseguiram retorno na manhã desta quinta-feira (13), o que indica possíveis falhas nos protocolos de comunicação entre a família e a penitenciária.
O caso de Deise dos Anjos agora levanta questões sérias sobre a saúde mental de pessoas em situações semelhantes, bem como sobre a responsabilidade das instituições penitenciárias em monitorar adequadamente a condição de seus detentos, especialmente diante de situações de risco como essa. A conscientização sobre saúde mental e apoio são essenciais para prevenir tragédias que podem ser evitadas.
Se você se sente angustiado ou em crise, é importante buscar ajuda. Compartilhe suas experiências e contribua para um diálogo aberto sobre saúde mental.